Nas calmarias da mudez um coração escruta. Lágrimas esvaídas nas faces de um padecer, marcas doídas. Reflexões perambulam em um vasio procurador das razões, desviadas do obscuro vazadas no desaguar dos entre dedos, agora sem arremedos. As pálpebras em sua estiagem esgotadas do seu sofrer, aos olhos compadecidos se fecham condoídos, as provações e esperanças de um prover. Sequestraram os seus dogmas arrastando-as aos calabouços, atadas nas masmorras do pensar como vendas no olhar, o resgatar daquele moço. O horizonte descerra as suas portas correntes desatadas. Radiante luz exterior é a renovação de uma aurora, que outrora foram fragmentadas.
Era uma moça da roça que roçava no roceiro enquanto ele roçava a sua roça, que a tarde se recolhia à sua velha palhoça. Ele em cima da pinguela se aconchegava a ela, com o seu vestido em aquarela feitio em entretelas, que a tornava tão bela. Ela moça faceira conquanto intrigueira sem eira nem beira, mas era o que o encantava aquela moça brejeira, que Deus lhe mandava. Ele e Ela se juntaram um dia em uma tarde fria ao pés da Virgem Maria, aos sons de uma melodia que os marcariam. Ela e Ele agora,matrimoniados um tanto determinados, com trabalho redobrados moram agora em um sobrado na cidade de Belgrado. Transformou-se Rei do porque eu não sei. Mas esta é a história que sei de um tudo que nada sei.
Enraizei-me nas profundas do meu íntimo ancorei nos sentimentalismo bem atados em laços, como um forte abraço ao meu apego inconsciente, já quase demente. Entrajei-me em gala matizei a minha fala, valsei no imaginário violinos em duetos, rodopiei no palco da ilusão, taças tilintavam em brindes, em gracejos aos nossos brandir. Despido dos pudores nu das burguesias, desnivelei dos pragmáticos avivei-me fantasiador, sem pejos abracei minhas determinações, neste barco das ilusões. Despojado dos caprichos voseei aos quatro ventos, não mais aos meus lamentos. Em um abrir de olhos, em um fechar das volúpias efetuei as minhas vontades, desatracando a minha nau me fartando com as libidinosidades.
O amor é o cheiro da flor é o talo em espinhos a brisa que roça o rosto, é o desgosto uma solidão o Jasmim, é o sim. O amor é o calor é o ardor a chibata que arrebata bate e assopra, é a revolta é a pororoca que arrasta tudo em volta. O amor é a ferida que é sentida nos da guarida, no amanhã que nos acanha que abocanha, em um vai e vem juntos ou sem ninguém. O amor é a esperança com muita bonança a relva molhada, uma lagrima rolada um grito de choro, um cheiro inodoro fica o perfume, de quem assume. O amor é a falta o aperto mais forte o vento do norte, que trazem notícias do beijo molhado, que nos nossos foram talhados. Dor doída, não sofrida porque é amor, é fervor.