sexta-feira, 23 de agosto de 2013

NOSSAS DUVIDAS NOSSO REFLEXOS

No surdir de uma nova aurora a cozedura se faz presente em um novo vivenciar.
Coligam-se nossos retalhos fragmentados de um ontem que não nos foram tão alvissareiros,mas em um novo caiar de nossas angustias.
O desnortear não são uma constâncias a cada indivíduo.Os reflexos do habitual nos abate como uma ave em sua queda magistral de um tiro certeiro.
Não sejamos as mesmices diárias.O semelhante com o seu ardil,arquiteta as suas teias,impregnando-nos com o seu visgo pegajoso.
Atentamos e alertemos com o mais próximo.Não renunciamos às nossas vontades,permitindo que o próximo tirem o cavaco de seu olhos e transportem aos nossos.
Nós somos o que somos,é segundo os nossos desejos e vontades,não compactuando aos detritos maléficos de nosso mais próximo.
   As nossas cintilações serão as constâncias,com quanto criadas aos nossos pensamentos e vontades dentro do livre arbítrio do ir e vir.
Sejamos pois,o que somos.Se somos,seremos sempre nós mesmos.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

NOSSAS BUSCAS

Disperso no passado,em meio as sucessões dos dias,ficaram nossa utopias.
Ficções que se emaranharam pelo escorrer das ilusões a desaguar pelas incertezas dos mares insondáveis em sua profundezas.
A exabundâncias da sordidez,exauriram nossos sonhos exacerbados nas buscas constantes de um platonismos sem recíprocas.Emergindo das profundas do imaginário,surge agora,exuberante vicejante,o real de nossas buscas.Tão reais e enigmáticas como em nossas fantasias o fora um dia.
Inconteste,sem tréguas ininterruptas,travamos nossas buscas contra os Dragões de nossos imaginários,nas convicções do encontro fatal.Nas buscas do qual buscamos e nos encontros encontrados dos desencontros.

sábado, 10 de agosto de 2013

O CARPINTEIRO SOLITÁRIO

Morro da mesa se destacava em um dos cantos das Minas Gerais,situado mais no sentido norte do estado.Deu-se origem a este nome,motivados por uma elevação de terra em formato de uma montanha achatada,que se equiparava a um mesa.
Bem no sopé deste morro,vivia Sr. José.Homem de pouca proza,mas com o seu formão nas mãos,o mesmo falava por ele,dando formas milimétricas a coxos,porteiras,currais,e tudo a que se referia a marcenarias.Vivia um tanto quanto solitário,tendo como companheira,sua viola,feita pelas próprias mãos hábeis.
De sua ferramentas saiam traçados forjados de peças irreparáveis o que lhe proporcionou que o seu nome se propagassem aos quatro ventos,como Sr.José do formão.
   Habitava em uma casinha modesta,onde a maior riqueza,era o próprio morador com as suas obras primas.
José foi invocado a comparecer a uma fazenda próxima ao seu lugarejo,para a confecção de uma porteira,da qual a proprietária,era uma senhora rigorosa,enérgica.Questões estas,que advinham dos padrões morais e tradicionais de seu antepassados.Mulher com a sua viuvez caracterizada ha quatro anos.Flagelava ainda a sua mente,a falta de seu consorte.Alem de sua fazenda,herdou ainda,mais alguns alqueires de terra roxa,bem abaixo do capão da Onça.Sobrevivia economicamente das negociatas de seu leite,de seus notáveis e saborosos queijos mineiro e algumas permutas oriundas de algumas vendas de cabeças de seu gado.
   Sr.José,chegou pela manhã a fazenda de dona Josefina, e apos algumas trocas de palavras,ficara acordadas os valores de seu labor,e de sua estadia naquela fazenda,por quanto,o seu trabalho assim os fossem terminados.
Sr,José,para qualquer canto que fosse,levava a sua velha companheira;viola a tira-colo.Entre uma tarde e outra,apos o termino de seu trabalho,Sr.José,sentava em uma banqueta na varanda da fazenda,e tirava do fundo de sua alma,as emoções traduzidas nos acordes melodiosos de sua velha viola.A princípio,Dona Josefina,ouvia as sua canções la de sua cozinha,as vezes lavando os talheres do jantar,em outras,cosendo uma roupa rasgada,mas não deixando de ouvir os acordes da viola que lhe penetrava e apertava o seu coração,trazendo de volta,as saudades daquele que partiu tão cedo,segundo a própria Dona Josefina.
   Sr.José,por sua vez,continuava o seu entalhar naquilo que lhe fora proposto,que era a confecção de uma porteira.Pedaços de lascas voavam com as batidas de seu formão,ferindo a madeira virgem,que teria mais tarde a sua transformação em um acabamento aprimorado de uma porteira.
   Já se passara cinco dias de sua estadia naquela fazenda de Dona Josefina.As aproximações já não pareciam mais tão distantes.Já se falavam,cada um expondo a sua histórias.José,por sua vez narrava a história de como havia perdido sua querida e amada esposa Maria das Dores.Dona Josefina,ainda chorosa,retrucava com a história de seu amado esposo:-Era tão bom,prestativo,como ele jamais haverá outro.
Nas tardezinha,quando o sol se punha no horizonte,ecoavam ao longe,os acordes da viola chorosa,que alem da voz de Sr.José,contava,já,também com a voz de Dona Josefina fazendo à sua parceria,ouvindo e bebericando de uma voz que não semitonava.Apos uma semana,José,já visualizava que o seu coração partido,começara a se abrir para novas perspectivas.Começou assim,a fazer com que o seu trabalho se fizessem a toques de caixa;lento quase parando.Sentiu uma necessidade de permanecer mais longamente naquela aprazível fazenda.
Dona Josefina,por hora,quando o Sr.José se ausentou por alguns dias,ao buscar algumas ferramentas em sua casa,sentiu muito a carência de sua presença.Quando chegou de volta,Dona Josefina,não conseguiu disfarçar o seu alegramento pelo seu retorno.Sr.José,da mesma forma sentiu esta receptividade por parte dela o qual recebeu de bom grado.
   Em uma tarde chuvosa,José não pode executar  as suas sinfonias na pequena varanda da fazenda,mas os fez dentro de casa,propriamente na cozinha,por quanto Josefina acabara de enxugar a sua louça do jantar.Aproximou de José,sentou-se a seu lado,tocou lhe de leve os seus joelhos com as mãos.José parou a sua execução,olhou profundamente nos olhos de Josefina,aproximou-se de seu rosto,e beijou-a de leve os seu lábios.Josefina ficara rubro com a atitude de José,mas ao refazer-se de sua timidez,dentro de sua aparente vergonha propôs a José:-Do porque não pegar seu panos de trapos e se juntar aos dela?!José,meio que boque-aberto abraçou-a com fervor,e sentiu o seu coração se abrir mais uma vez para aquele pacto coloquial.
   Passara-se um ano.José fez uma reforma total na fazenda.Nos currais,nas cercas e em outros acertos.A vida lhes sorriam,e as manhãs eram delirantes como o restante dos dias.Dona Josefina,um dia ou outro reclamava de dores no braço,cansaço físico,o que José ponderava que era o trabalho excessivo por parte dela e que deveria amainar os seus trabalhos domésticos.
O romance entre ambos,os transformaram em dias de adolescências vivenciadas em seus cotidianos.
   Apos um dia exaustivo,José chegando da lida,sempre chamava Josefina da porta da sala da fazenda.Neste dia não obtendo respostas,adentra a casa e continua a chamar por Josefina que não lhe responde o seu clamor.Ao chegar a cozinha,seu coração em taquicardia,depara com o corpo de Josefina inerte sobre o piso frio de uma final de vida.Ajoelhado,José aos gritos,clama pela volta de Josefina.Josefina,havia deixado aquele pobre homem mais uma vez jogado a sua ma sorte.Aquela que lhe havia devolvido a rasão de ser,as alegrias,momentos jamais vividos.A tragedia lhe arranca e lhe abate sem dó ou mesmo piedade.
   José,mais uma vez só,ajoelha sob a sepultura de Josefina,deita-lhe uma corbelhas de flores,aquela que lhe deu condições de prover alegrias cumplicidades por mais de anos.
Agora,em sua velha cabana,no tinir de sua viola,canta seus desejos de torna-los vivos.Ocasiões em que foi enriquecidos pelos folguedos,o aprazer de se fazer uno a um pessoa.Seu formão agora,arranca lascas de uma saudade,enquanto o seu enxó,chora sobre a madeira molhada as lágrimas,que escorrem por uma paixão tolhida tão prematuramente de sua vida.