segunda-feira, 15 de abril de 2013

BUSCAS ANGELICAIS

Jorro as minhas emoções ao leu
em um manifestar que alcance o seu fadário,
o âmago de uma consorte
no aprazer-se dos grafados de meus diários.

Que as afeições seja um igualador
nas melancolias e nos prazeres,
costuradas não em fragmentos
mas atadas como dois seres.

Não sejais uma Vênus de Milon
nem aparentes uma Mona Liza,
mas que emerjas nas pinceladas de um Gogan
emoldurando-a nas minha profetizas.

Que sejas um anjo de candura
brotas tal qual um jasmim,
venhas desprovidas de armaduras,
a ofegar este solitário espadachim.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

ROSAS VERMELHAS

Rosas vermelhas.
Milimetricamente pétalas por pétalas bem dispostas,
cada qual no seu qual
é mão do Mestre dando ali,a sua resposta.

Posta sobre uma janela solitária
aos sons de violinos celestiais,
a brisa avivando pela janela
o seu exalar a bela adormecida aos sons madrigais.

Em um ramalhete de corbelhas
adentras a nave de Deus,
agarrantes as mãos de uma boda
e finalístico,jogadas aos seus.

Ornando um receptáculo sobre a mesa
concedido o foi com muita certeza,
por um ignorado,anônimo
em um expressar do amor e nobreza.

Pousa solitária,sem viço
sobre uma lápide desconhecida,
algum afetuoso ali a postou,
como feição,a extinguir às suas feridas.

                                        DINEY MARQUES

"Olha a rosa na janela,sonha um sonho pequenino
se eu pudesse ser menino,eu roubava aquela rosa,
e ofertava todo prosa,a primeira namorada,
e neste pouco ou quase nada, eu diria o meu amor,
o meu amor."
Parte de uma música e letra do compositor
SERGIO BITENCOURT.









sexta-feira, 5 de abril de 2013

O RESGATAR

Ao por-me sobre as ondas bravias
no pelejar com os corsários navegantes
arrebatei a minha afável musa,
dos catres aferrolhantes.

Ao bracejar com afoito
aforei-me a minha enebriante bela
todo o meu corpo e meu ser,
acorrentados aos seu corpo como sela.

Emergimos desta loucura insensata
descemos às luxurias dos impudicos,
nos sótãos do esvaecer
aos gracejo lúdicos.

A aurora nos toca no convés
convocadora a nos despertar
de nossos braços entre-laços,
de um crepúsculo sucumbido pelo amar.

O ondear nos torna plácidos
das culminâncias orgíacas.
Consuma-se o esplendor,
como um poema de Homero,Ilíada.