terça-feira, 31 de janeiro de 2012

SER POETA

Ser poeta é transcrever sentimentos arquivados no escondedouro da mente e não apejar-se da indolência dos menos privilegiados dos dotes naturais da inspiração e do saber
É deixar a prodigalidade avançar nos excessos dos sentimentos a verter em uma composição poética.
É espalhar a semente do saber e aguardar o brotar da safra
mesmo com os podadores a ceifar as raízes dos sonhos.Mesmo que os pragmáticos da língua nos tolhem com as suas fórmulas fragmentadas.Ser poeta é devanear pelos corredores da fantasia ao encontro do lúdico e do quimérico.
Emfim, poetar é cantar em versos a canção que nos vem da alma.



quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

SINFONIA DA FLORESTA

A água corria em seu estreito leito
A folha seguia languidamente junto
Por entre matas iam a seu deleite
Por ali passavam os galhos adjuntos.
Sons de sinfonia ecoavam na floresta.
O maestro da opereta que era Orfeu,
coordenava a briza e as ararinhas em festa.
Bailavam as garças em sua altivez
Tocando os pés na relva plácida,
Os sons de grunhidos era a insensatez
Querendo findar a festa clássica.
Agora o sol se esconde dolente
Seus raios negam a se esvair,
Resignando chegar ao poente,
E a lua arrogante começa a sair.
Finda-se a sinfonia na floresta
O silêncio lúgubre assume o seu lugar,
Tudo é quietude,já não existe festa,
Aguarda-se um novo dia que é salutar. 























RETRATOS EM UMA JANELA

Os dias passam la fora
Arrasta a noite atrás de si
A janela é a mesma,
Que vêem a saudade passar muito embora.
A procura é insana
Uma busca em desencanto
E a janela é o meu elo,
Testemunha de meus prantos.
Emoldurei-a em meus pensamentos
Dos sonhos,surgiu de meus traços,
Em cores vivas do real,
Senti o amornar de seus braços.
A brisa embala as cortinas
Mistura os meus pensamentos
Turvando a minha alma que esvai,
Vazando pela janela ao sabor dos ventos.
Janela de alma minha
Retrato de esperanças,
Emoldure sobre te,
O amor de minhas andanças.





















quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O CARPINTEIRO JOSÉ BARBINO

La pras bandas do Amanhece
Vivia o carpinteiro Zé,
Homem franzino e landino
Com as mãos manejava o formão que nem São José.
Com o enxó rasgava a madeira
Cavacos cortava o ar,
Suor corria pela testa,
O trabalho não podia parar.
Da madeira surgia a tabua
Com a perícia de suas mãos,
Fazia ate canoas
Que não se afundava nem na água.
Seu defeito era o gosto pela cangibrina
Quando bebia ficava de fogão,
Perdia ate o rumo e a sensatez 
Que não se achava nem com lamparina.
Vivia mais no porre
Do que na sua lucidez,
Mas com o formão na mão,
Não existia embriaguez.
Diz-se por aquelas bandas do Amanhece
Quem quisesse a prestação de seus serviços,
Comprava vários litros de cachaça,
Para abastecer o coitado que dizia "ser feitiço."
Era mesmo movido ao caldo do bagaço
De sua arte,dúvidas jamais,
Um exímio carpinteiro,
Do pau tirava o coxo,e ate currais.
Sentado em um pé de pau
Picava o seu fuminho mineiro,
Resmungando pelo canto da boca,
Que estava sóbrio sim...o dia inteiro.
Pito no canto da boca
Riscava a sua binga de querosene
Do pavio surgia a chama,
Que inebriava aquele ser perene.
Saudoso Zé Barbino
Que deve estar no auxilio de São José,
Entalhando um coração para os homens,
Aqueles malfadados da pouca fé.

        Este é um tributo que eu presto a este homem carpinteiro que viveu em um arraial de nome Amanhece la pelos idos de 1950 e que eu tive a honra de conhece-lo quando criança,tomando cachaça no empório de meu pai.Foi o mestre dos mestres na arte da carpintaria.Homem franzino,muito baixinho mas quando empunhava o formão se tornava  tão grande e forte quanto a sua maestria nas transformação das madeiras.















































































BUCOLISMOS DO AMOR

No bucolismo de meu versejar
Em meio as flores do campo
Eu vislumbro a sua beleza.
Tremo ao te encontrar...encanto.
Pés orvalhado pisando a relva
Suavemente apalpando em minha direção,
Seu sorriso alvo inebria e eleva,
É o meu alvorecer... a ressurreição.
Seu corpo emoldurado as vestes molhadas
Os cabelos a cascatear pelos ombros,
Sinto o perfume amadeirado de sua pele,
Me exita,me estremeço,caio em escombros.
O torpor toma o meu ser
Combalido a tanta beleza,
Mas conciso de minhas faculdades,
Saio do êxtase para a certeza.
Não é miragem...sim sublimação.
Suas mãos brandas tocam o meu peito
Seus lábios emudecem os meus,
Enquanto a envolvo sem despeito.
Nossos corpos se unem a relva molhada
Os pássaros entoam em cânticos
As flores se abrem a tanta beleza,
É o fluir dos românticos. 









































NAS ONDAS DE UMA ILUSÃO

Nas ondas da ilusão
Navegas nas calmarias da alma
Para aportar em meu coração,
Surfando em águas calmas.
Lanças âncora em meu peito
Dilaceras com o arpão minhas fraquezas
Desabo em meus conceitos,
Enterneço à sua nobreza.
Arrasto-me ao convés de seus domínios
Coloca-me sobre a prancha do in resistível
Me dominas com as correntes de sedução,
Caio no seu cadafalso do infalível.
Estamos a sós no porão da flagelação
Começo a enfraquecer,
Seus beijos queimam sem noção
Sua caricias e me entorpecer.
Levitamos ao sabor do amor
A brisa nos ela a inebriar,
Atingidos pelo torpor 
Agora somente amor...amor ...amor amor.
































quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

SAUDADES


Saudades é um bichinho que roí
Machucando por dentro
De mansinho de  vagarosinho e doí
Não se cura nem com unguento.
É uma viajem que fica
Em um passado distante,
É uma goma que liga
Não desprende um só instante.
É uma dor muito doida
De uma cicratiz quase fechada,
É o abrir de uma ferida,
É uma coisa danada.
É um passado que volta
A mecher em nossos neuros,
Percorre o cérebro como uma escolta,
Vasculhando tudo em volta.
Rasga todo um sentimento
Dilacera uma paixão,
Trazendo a tona momentos,
Que ficaram na escuridão.
É um filme que passa
Em uma grande tela virtual,
De forma alguma podem ser tocada,
Mas apenas ser lembrada.
Saudades são momentos do ontem
Mesmo no hoje não haveria de ser,
Somente o tempo pode enternecer,
Quando a saudade acontecer.




















segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A MOÇA SOLITÁRIA DA ESTAÇÃO FÉRREA

A estação férrea ficava no pé da serra um pouco afastada daquele vilarejo.Não tão solitária não fosse ela sentada ali introspectiva em um banco de madeira frio como aquela tarde de espera.Lampejos açoitavam a sua mente de momentos cruciantes recentes.Lembrava momentos vibrantes quando de seu olhar pousando sobre o visor de seu celular e de sua emoção maior em saber que era ele.Esta emoção foi tolhida  quando a mensagem ali escrita falava de um encontro urgente com ela.Este encontro seria determinante em sua vida amorosa.Naquele momento sua emoções fragmentaram pronosticando o que estaria por vir não seria de bom grado.
   Já estava naquele hotel do vilarejo há quatro dias.Da sua janela,a paisagens montanhosa enfeitava aquela pequena vila de uma pouco mais de quatro mil habitantes.
A memoria lhe trazia de volta a primeira vez que através de site de relacionamentos seus olhos pousaram sobre aquela figura doce e ao mesmo tempo viril.Recordava ainda que a sua vontade foi mais forte do que a razão em ter se deslocado ate aquele lugar um tanto longínquo de sua casa para aquele tão esperado encontro.Já estava ali a mais de quatro dias aliás os melhores de sua vida não fosse detonado o inacreditável.
   Dos dias em que estivera ali,ele chegava doce e meigo como sempre.Naquele dia havia algo de negro pairando no ar.Chegou um pouco sério,um tanto quanto constrangido.Ao invés de tocar os seus lábios como sempre apenas roçou a na face.Este gesto chibatou as suas esperanças prevendo o imponderável.
   Sua voz ainda ecoa nos labirintos que ela arquitetou para uma vida a dois.
Quando a sua voz embarga lhe soou  aos ouvidos...
   -Meu bem,sei que andei criando expectativas falsas e falhas entre nos dois.-Mas na verdade a minha formação não me permite que crie mais ilusões ao nosso respeito.Na verdade tenho família constituída,filhos e tudo mais.-Me perdoe pela minha leviandade mas fui arrebatado pela sua beleza e me conduziu a tudo isto.Mais uma vez me perdoe.
   Feito isto,colocou seu rosto entre aquelas duas mãos delicadas que sempre a acariciavam,e num gesto beijou-a na face.
   Agora estava ali,somente só naquele banco frio de uma estação férrea perdida em seus pensamentos misturadas as lágrimas.Logo,foi sacudida por um apito do trem que cortou as suas emoções e aquele lugar bucólico misturadas à sua dor.
Embarcou as suas desilusões naquele trem que cortaria não somente as montanhas,mas um coração cheio de saudades misturadas as mágoas.

                                                           DINEY MARQUES























































UMA CIDADEZINHAS DE ESTILO EUROPEU

Acabando de subir a serra por entre as montanhas,apos a curva, já visualizava aquela pequena cidade de estilo europeu encravada no pé da serra.Suas ruas em paralelepípidos marcava ainda um época em que alguns europeus chegaram ali ficaram moradas deixando os seus traços arquitetônicos e marcas étnicas naquela pequenas metrópole.
   As fachadas das casas inebriavam com as suas floreiras nas janelas os transeuntes dando um toque todo especial de um colorido.Enquanto outros casarios mais antigos traziam em seus jardins os famosos caramanchões convidativos a uma repousante tarde de verão.
   -Alô mamãe,como estão todos por ai?
   O telefone despertou Maria Cristina de sua observância.
   -Tudo bem filha e por ai como vão as coisas?!
   -Vai indo mamãe,pena que eu não possa passar o final do ano com vocês.
   -Mas não há de faltar oportunidades filha!
   -Mamãe vou ter que atender a porta,estão batendo.-Deve ser o meu novo afer.
   Maria deu aquela sua risadinha meio marota para a sua mãe.
   -Ta bem filha fique com Deus.
   -Beijo mãe e a todos.
Maria Cristina era de uma família de um abastado fazendeiro perto da capital.Quando Cristina terminou o estudo fundamental, os seus pais a mandaram para a capital cursar a faculdade de administração  de empresas.Isto lhe valeu o pós graduação a gerência de um dos maiores banco do pais com uma de suas agencias localizadas naquela pequena cidade.Tornou-se muito bem quísta por aquela gente.Alem de ter uma facilidade de comunicar-se apresentava uma beleza ímpar.
Moça esbelta,bela,olhos da cor do mar,com pernas bem torneadas e trazia os cabelos cascateando pelos ombros com um cinturinha de causar inveja aquelas mais providas de recheios.
   Maria Cristina ao abrir a porta de seu sobrado,logo foi invadida por aquele perfume amadeirado que nas ultimas semanas estava acostumada a sentir de seu amado Eduardo.
   Eduardo chegara aquela cidade há alguns dias.Veio da capital  e se hospedara em um dos hotéis de nome Hilton Hotel.Em sua ficha de inscrição rezava entre outras coisa a profissão de Arqueólogo.Há muito se comentava naquela cidade alguns achados de fósseis e segundo o próprio Eduardo,estaria ali para os devidos estudos e exploração dos mesmos.
   Assim que Eduardo viu Maria Cristina...
   -Você esta êxplendida minha querida!
   -Obrigada,mas você também não esta de se jogar fora!
   Tornou a dar as suas costumeiras risadinhas marota.
Risos a parte, desceram para o saguão do sobrado de Maria Cristina.O carro de Edu já estava estaciona à porta e adentraram e seguiram para um dos restaurantes perto de sua casa.O restaurante fugia daquelas tradicionais linhas arquitetônicas daquele lugar.Tinham linhas mais arrojadas,conteporânias de um requinte inigualável.
Deliciaram das propostas gastronômicas com pratos sofisticados quando Maria Cristina passando as mãos delicadas sobre as de Edu...
   _Querido, ainda tenho que trabalhar.-Pode pedir a conta se não importar?!
   -De forma alguma meu amor!.
Assim que Eduardo a deixou na porta do banco, ponderou que a pegaria mais tarde em sua saída uma vez que lhe queria fazer uma surpresa.Como era final de ano e as lojas estariam abertas mais tarde, Eduardo no final do expediente bancário já estava a espera de Cristina a porta do banco.
Assim que Maria Cristina apareceu Edu logo ...
   -Querida,acho que vamos logo a joalheria!
   -Mas meu bem gostaria de tomar um banho primeiro.
   -Não tem mais e nem menos meu bem,vamos.
Feito isto Edu a puxou pela mão e saíram em direção a loja.Atravessaram uma pequena praça,e não mais que dois quarteirões adentraram a loja.
   Edu já havia passado por várias vezes a porta daquela joalheria,inclusive entrando por algumas destas vezes.Em uma das ocasiões Edu levou o maior susto absorto em seus pensamentos olhando todas aquelas preciosidades quando foi abordado pelo dono da joalheria o Senhor Richardson.
Sr.Richardson era um homem magro de feições um pouco pesadas.Um óculos a lhe escorrer pelo seu vasto narigão,e trazia entre as orelhas umas mexas de cabelos já bastante grisalhos enquanto na parte superior da cabeça  eram escaços das madeixas.Era uma figura um pouco grotesca mas com uma suavidade angelical.Foi quando o Sr.Richardson o abordou...
Em que posso lhe ser útil meu jovem?!
Eduardo ainda recuperando do susto e ainda com os olhos cintilando com o brilho de tantas jóias,lhe respondeu com aquele se sorriso meio amarelo...
   -Oh! me desculpe,estava apenas admirando estas preciosidades.
   -Pois fique a vontade meu jovem.
Assim que Edu e Cristinas chegaram foram atendidas pelo próprio senhor Richardson.
   -Como vai senhorita Maria Cristina?!
Cristina já era intima do senhor Richard,uma vez que as suas visitas ao banco eram frequentes devido as suas movimentações bancarias.
   -Senhor Richard,gostaria de ofertar um jóia a Cristina e o que o senhor sugere?!
   -Ora meu caro jovem,uma jóia para outra jóia não é tão difícil assim!
Saindo por alguns instantes,voltou logo a seguir com uma caixa ornada em veludo vermelho que continha em seu interior,brincos,anéis,braceletes que reluziam ao reflexos das luzes interior.Todas as jóias cravejadas em diamantes.
   -Querido,tudo isto é um exagero,alem do mais uma fortuna.Disse Maria Cristina.
   -Escolha uma por gentileza minha querida!
Apos algumas insistências Cristina optou por algo mais simples.
Sr.Richard,encheu-se de orgulho.Não eram todos os dias que se vendia uma jóia daquele quilate na loja.Eduardo por sua vez,apos um noite esplêndida com Maria Cristina em seu sobrado,tomou o seu café pela manhã,despediu-se dizendo que haveria de concluir os seus estudos arqueológicos.
Com algumas visitas a mais e outras compras de jóias,Edu,passou a ser íntimo de senhor Richard.
Segundo Edu lhe falara a seu respeito,viera da capital para explorar as terras no tocante a arqueologia,e era filho de um próspero industrial da metalurgia .E isto fez com que o senhor Richard o tivesse mais em conta.
Os dias se transcorriam normais naquela cidade,menos para Edu e Cris que viviam nas nuvens.
Eduardo já falava em compromissos mais sérios com relação a Cris.
Em uma quinta feira pela manhã a mãe de Cris lhe telefona...
   -Alô filha tudo bem por aí?!
   -Esta tudo bem mamãe as mil maravilhas.
   -E o novo afer filha!
   -Acho que ate vou me casar mamãe!
   -Cuidado filha,vamos mais devagar com isto.
   -Ta bem mamãe fique todos com Deus.
Em uma sexta feira,apos as dezoito horas,Eduardo foi a ate a joalheria do Sr.Richard.
   -Sr.Richard,estou deveras com o coração flechado pelo cupido.Vou assumir um compromisso mais sério com Cris.-Vou ficar noivo.
   -Mas que bom meu caro jovem Edu,vocês bem os merecem um ao outro.
   -Quero a jóia mais pomposa que o senhor tiver em sua loja.
Sr.Richard.entrou para uma das portas do fundo de sua loja,e apos alguns minutos voltou.Continha em sua mãos uma caixa preta e tirou la de dentro outra  caixinha toda em veludo azul escuro e a colocou sobre o balcão.Eduardo conhecedor de jóias caríssimas ficou boquiaberto com tamanha variedades de jóias caríssimas.Diante dele um colar de esmeraldas cravejadas em diamantes.Anéis,braceletes,brinco todos de uma fortuna considerável.
   -Uma pequena fortuna,meu jovem Edu,uma pequena fortuna.-Gaguejou o senhor Richard.
   -De fato Sr.Richard,uma pequena fortuna.Mas ela bem o merece não é mesmo Sr.Richard?!
   -As esmeralda Sr.Richard,quanto vale?!
   -Novecentos e oitenta mil dólares me caro jovem.
   -Senhor Richardson há de convir que não tenho esta pequena fortuna em mãos.Tenho apenas talões de cheques os quais eu poderia passar para o senhor averiguar na segunda feira,e apos a verificação dos cheques eu levaria as jóias.
   -Não há problemas algum meu caro jovem.Deixe os cheque a podem levar as jóias elas estaram em boas mãos.
Feito isto,alem de Edu levar as esmeraldas,levou consigo ainda,duas alianças de ouro com detalhes em ouro branco cravejadas em diamantes,e mais duas joias perfazendo um total de dois milhões de cento e cinquenta mil dólares.Uma pequena fortuna como já dizia o Sr.Richardson.
Naquela noite de sexta feira Cristina achou algo estranho quando Edu não apareceu nas noites costumeiras.Logo previu que ele deveria ter trabalho muito naquela tarde mas que de manhã ele estaria ali a abrir-lhe a porta com aquele seu perfume peculiar de um cheiro amadeirado.
Sábado pela manhã Cris,saiu para dar as suas costumeiras corridinha para manter aquele corpo escultural e manter a forma.Logo apos o banho Cris já ficou um pouco preocupada e resolveu fazer uma ligação para o hotel o qual Edu se hospedara.
Mas assim que Cris ouviu a resposta do atendente do hotel,ficou estarrecida...
   -Como é,não entendi muito bem o que o senhor falou.-por gentileza queira repetir.
   -O senhor Eduardo fechou a sua conta ontem a noite e seguiu viagem logo minha senhora!
Maria Cristina desabou como um fardo na poltrona a seu lado.Deveria ter ocorrido algo mais grave  que logo se esclareceria.Assim pensava Maria Cristina como de fato ficou esclarecido.
Eduardo havia viajado ate a cidade mais próxima,distante a cento e cinquenta quilómetros dali.Passou pela locadora de veículos o qual ele havia locado aquele carro a mais de sete semanas.Acertou o que devia pelos quilômetros rodados e pediu que o levassem ate o aeroporto.Feito isto ao chegar ao aeroporto...
   -Uma passagem por favor para o Rio de Janeiro.
   -Nome por favor.
   -Eduardo frazão.-Era o que constava em uma de suas identidades falsas.
Dentro do avião, Edu já acomodado em sua confortável poltrona,abriu um pasta de cromo alemão com um pequeno brasão inglês do lado da pasta,abriu-a ,e por uma pequena abertura abriu aquela caixinha de veludado azul escuro,e por alguns instantes deliciou-se com aquela pequena fortuna cravejadas em diamantes,deu um sorriso de poder e logo a seguir fechou o zíper de sua pasta encerrando assim mais um de seus  mirabolantes e arquitetados roubos.
   Enquanto isto, aquela cidade de estilo europeu não seria a mesma.Principalmente para Maria Cristina e o senhor magro de óculos redondo a lhe escorrer pelo vasto nariz.
   Sr.Richardson,se recuperava em um dos hospitais daquela cidade do choque dos cheques sem fundo.Ficara sabendo que o seu jovem amigo e freguez Sr.Eduardo nunca existira como pessoa física ou mesmo jurídica.
Maria Cristina havia pedido ferias antecipadas ao bando e se deslocara ate uma das fazendas de seu pai perto da capital.Esta tentando entender junto a companhia de sua mãe o que de fato havia ocorrido em sua vida.Ate aquele exato momento não saberia decifrar se haveria de ser um sonho ou uma realidade o qual ela teria vivido e sobre-vivido.Sua mente ainda brigava entre o real e o verdadeiro sonho ou não.
Mas aquela "Cidadezinha de estilo europeu" ficaria famosa  nas primeiras manchetes da capital,não somente da capital mas na mídia de todo o pais como o golpe do século.























     







































































































































































































































































































sábado, 14 de janeiro de 2012

UMA BANDA CHAMADA "THE BLACK CATS

Esta é mais uma história
De cinco garotos dispretenciosos
Que de um sonho ficou marcado na memória
Uma banda de famosos.
Musicas dos anos sessenta
Eram da jovem guarda liberatória
Da juventude sedenta,
De realizações que ficaram na história.
De um sonho a uma realidade
Uma banda de nome "BLACK CATS"
Jovens na flor de sua mocidade
Cantavam os seus sonhos com vaidade.
Eram garotos como Beatles e Rolling stones
Cantavam a sua liberdade
Enquanto garotas em seu penteado chanel
Gritavam e se rasgavam em seu papel.
Baterista intrépido de nome Aroldo
Isley cantor das musicas italianas,
Roberto,com seu pistons tocava com denodo,
Élio,o filózofo  cantrabaixista posicionava as suas pestanas,
O solista Diney nas notas cheias,
Transformavam sons em semi-colcheias.
Anos rotulados de dourados
Como já dizia Vanderleia,
Eram um prova de fogo,
Que uma dia o nosso reinado chegou ao fim.
Mas os sonhos não morrem,
Vagam dentro de mim.







































ANOS SESSENTA

Anos sessenta da pureza da juventude
Época da raça,da inocência quase pura
Jovens rebeldes cheios de atitudes,
Lutaram por um ideal mesmo sob tortura.
Tinham as suas metas traçadas
Criar um pais mais justo e honesto
Mesmo que fossem mortos ou caçados,
Lutavam em seus manifestos.
Barreiras iam caindo em suas lutas
Jovens morriam por ideais,
Soldados armados e jovens em disputas,
Lutavam ardorosamente por igualdades sociais.
Época em que ficou marcada a juventude transviada
Cheio de atitudes e sem medo da repressão 
Rotulados na época pelas lutas e paradas,
Iam as ruas em busca da solução.
Tinha a parte inocente da história
Jovens se enamorando na pureza da inocência
Quando se tocavam era o deliro e a glória,
Que saudades do puro do honesto e da irreverência.
Tempos que se foram e não voltam jamais
Marcou a época do jeans,e das lambretas incrementadas,
Das ramizetas, dos laquês,chanel,e fotos em jornais,
Das festas do rock tuwiste e baladas.
Saudades dos topetes em gumex
O jeans com três dobras largas
A calça social e o terno de pitex,
Dos bailes das debutantes que já eram de vanguardas.
Se o meu fusca falasse 
O céu coraria de vermelho,
De um beijo inocente roubado,
Do batom no rosto se via no espelho.
Saudades das saídas dos colégios
Das garotas em uniforme de marinheiro,
Beija-las ali seriam um sacrilégio,
Do encontro inocente sonharia o dia inteiro.
Quantas lembranças de um passado puro
Das lutas que repercute no hoje ate o futuro,
Dos beijos inocentes,da amada recatada,
Uma vez ou outra das casas eram raptadas.
Fica aqui as minhas lembranças
Registradas na mente deste poeta modesto
Hoje temos esta bonança,
Um tributo de uma juventude que agora eu presto.









































































quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O BEIJO

O beijo é um chama ardente
Queima ardilosamente
As entranhas da gente,
Em um frenesi eloquente.
Beijo é como o orvalho
Úmido quando molha a pétala
Dobrando ate o carvalho,
Para se juntar a ela.
Beijo é a erupção de um vulcão
Jorrando as sua lavas aos céus
Na volúpia da emoção,
Esparramando faisca ao leu
Beijo é a briza que repousa
É o vento que cala
Para sentir um só coisa,
A emoção de perder a fala.
Beijo é o orgasmo da alma
Que nos eleva ao infinito
Enternece e acalma,
Daquilo que não ilícito.
Beijo é o encontro da aguas
Sugando tudo em volta,
É a pororoca que desagua,
Nas entranhas revolta.
Beijo é o néctar dos deuses
A sublimação das emoções,
É o espocar de várias vezes
Nos pulsar dos corações.

MEU NORTE DE MINAS

Rios que escorregam por entre as montanhas
Vai cortando como faca as gargantas e colinas
Querendo como que mostrar sua façanha
A estes nordestinos de minas.
Montanhas a exuberar a sua altivez
Que la do alto alguem pronunciaria
"Mil século voz contemplam"
Terra de Minas que jamis deixaria.
Casarios ornado por janelões
Casarões feitos por escravos,
Currais feitos em paredões ,
Animais correndo pelos prados
Riquezas herdadas a gerações
Que não se perdem jamais,
Falo do norte de minas,
O meu tributo à Minas Gerais.

A VOCE MULHER

A todas as mulheres
Mulheres mães mulheres femeas
Guerreiras sofridas,mulheres.
Marias Bastianas e outras tantas Noêmias
Das passarelas das garis mulheres.
Mulheres rendeiras,e mulheres amelias
Das ruas das amarguras e cabarés,
Das avós e bisavós às Ofélias,
Das garçonetes a colhedeiras de cafés.
Femeas esculturais
Das pernas torneadas,
Mulheres fatais
Seja gordas ou magras ou mal amadas
Bem amadas sensual.
Mulher costureira, enfermeira
A que lhe trouxe ao mundo,
Meu tributo as parteiras,
E as de latefundio.
Mulheres que batem e apanham
Dançarinas de sambas e arrasta pés,
Quantas trabalham e não ganham,
Mulher eu me prosto a teus pés.
Mulheres de lutas e magias
As que acordam nas madrugadas,
Emenda a noite com os dias,
Mulheres das grandes jornadas.
Mulher da alta sociedade
Mulher do baixo meretrício
Todas as mulheres de verdade,
Cada um cumprindo o seu oficio.
Mulher da favela
Mulher formosa,
O meu tributo a você
Oferto esta rosa.

DEUSA DO FOGO

Foi emergindo do fundo
Sem falar foi entrando
No meu dileto mundo,
Foi me abocanhando.
Meiga suave e serena
Como um desaguar de caixoeira,
Percorreu as minhas entranhas,
Em meu coração armou trincheiras.
Como um fogo que arde e queima
Sucumbi aos seus encantos,
Queimando-me em cinsas,
Espalhados na briza os meus desencantos.
Chega sem chamar,
Toma-nos devagar,
Sem reações alguma
Derretemos como espumas.
Ela é uma coisa intrigante
Arrebatora e ardilosa,
Bate assopra e é ofegante,
Ao mesmo tempo deleitosa.
Assim vai prosseguindo
Esta deusa fogosa.

AMOR DEMENTE

Depaupera de suas forças foi castrada
É o peso da solidão.
Febrenta ainda insana,
Delira,sofre arrasta pelo chão.
Levada pelas torrentes da amargura
Foi abalroada com a paixão,
Atracou-se ao desespero,
Com as amarras da desilusão.
Cavalgou no inconsciente
Navegou nas corretes de seu ego
Do inferno livrou-se do tridente,
Da luz a escuridão...cego.
Acordada de suas insanidades
Emergiu de sua apnéia,
Alçou como uma fênix em liberdade,
Tornando aparente suas idéias.
Atraiçoada no fundo d'alma
Por uma paixão perdida
Flagelou-se no inconsciente,
Por um amor sem guarida.
Abandonada em sua fortaleza
Recuperou-se das fragilidades
Demudando de suas fraquezas,
Execrando das exetricidades.

O PÁSSARO

Eu em minha rede
Ele tem sede.
É manso como um remanso
É aguas caldalinas.
Saltita em um balé clássico dando o seu espetáculo.Canta gorjeia,eu aplaudo com emoção o grande concerto da natureza.
A cada gota d'Água bebida levanta a cabeça como uma menção aos céus pela dádiva do matar a sede.
Ela se aproxima agora cantando em duetos.
Cantam a ópera do acasalamento.Grande espetáculo.Aplaudo de pé.E com fé agradeço aos céus pelo grande espetáculo que a natureza me oferece.
Elevo as minhas preces.
Antes de findar esta tele-energia,
Me falam de sua magia,
Que o amor não é privilegio dos homens
A natureza também ama.

ISPIRAÇÃO

Ofegante andando pela rua deserta
Ouço o meu próprio andar
O eco de meus passos me desperta,
Baixinho começo a cantarolar.
Uma canção marcante
Deste velho errante
Que uma dia criou para a sua amada
Canção de um poeta em uma noite inspirada.
Canção que narra a paixão de dois pares
Apaixonados em prazeres,
São paixões incontidas,
Que de repente são retidas.
"OLHA A ROSA NA JANELA"
                                                                Este é o inicio de meus versos
Que falam de flores e de jasmins,
E falam também de meus reversos.
Falam das grandes emoções...
Eu continuo o meu andar,
É assim que me vem as inspirações,
Que hoje escrevo neste meu versejar.
Falo das femeas puras ou impuras
Magérrimas ou esculturais,
Todas são musas de minhas inspiração
Meus êxtase,meus sonhos carnais.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

CORAÇÃO DANADO

Coração algoz
Que decepa sentimentos
Enforca as nossas almas,
Enterra os nossos momentos.
Coração desajeitado
Que nos prega peças,
Que nos leva a sandices,
Sem que nada os impeça.
Coração solitário
Que nos leva a introspeção,
Perdido dentro de nos,
Em busca da grande paixão.
Coração latente
Disfarçado e dissimulado,
Que nos leva ao marasmo,
Que nos matem hibernados.
Coração vexatório
Que os envergonha,
Nos ruboriza e assanha,
Que nos leva a erros e barganhas.
Coração pulsante,
Dos caminhos certos ou errantes
Desrritimia os nossos momentos,
Desencarrilhando nas curvas dos tormentos.
Coração caixinha de surpresa
Que guarda as nossas emoções,
Cabem todas as mulheres,
E em cada aurículo ou ventriuloco jorra as nossas vasões.

A BUSCA

Ainda hoje a procurei
Resgatar pelos cantos da memória
Nos arquivos andei e indaguei
Nos devaneios a busquei.
Remando nas calmarias da imaginação
Naveguei a te buscar,
Nas tormentas de meu inconsciente
Não consegui visualizar.
Os anos que andaram nesta estrada
Sinistramente rápido se passou,
Propositadamente deixando as suas marcas
Apagadas na história do que restou.
Garimpando com as peneiras do passado
Seu rosto encontrei em minhas mãos,
Sua boca trasem marcas em minha alma,
Suas saudades me enternece mas não acalma.
Tento pinta-la e retrata-la no hoje
Em aquarela de várias formas,
Não consigo...é um passado distante,
A flor meiga de meus pensamentos errantes.
Talvez o tempo intrigante
Que nos afastou um dia,
Une as nossas estradas vagantes,
De dois velhinhos que um dia foram amantes.

LIVROS ARVORES E FILHOS

Em uma certo tempo,em algum lugar
Alguem em sua infinita inspiração
Falou que o homem tem de se realizar
Plantando uma árvore,escrevendo um livro,
Tendo filhos seria o seu maior brilho.
Hoje,sinto completo neste pensamento
Árvores plantei,e reguei algumas
Livros me realizei na poesia,
Contando histórias dia a dia.
A grande obra de minha vida
Deus me permitiu em sua infinta bondade
Conceber filhos a emoção da explosão contida,
Extravasada no primeiro choro da felicidade.
Filhos,fraldas empreguinadas
Mas que lava a alma da gente
Cheirinho de uma saudade passada
Dar dor de ouvido,da barriga,que nos deixava acordado.
Hoje são elas que não chegam
Das noitadas dos saraus,
A gente rezando que não trilhem caminhos maus
Somente dormimos quando eles vão dormir,
Como anjinhos ...até podem fingir.

RABISCOS DE UM PASSADO

Hoje,uma tarde nublada
Uma garôa que antecipa o inverno
Escrevo com  a pena talhada
Verso de meu sonho eterno.
Tinteiro do lado,uma folha já alvejada
Um mata borrão a chupar as minhas mágoas
Das saudades doidas de minha amada
Que do pranto a dor desagua.
Sua foto em uma canto da mesa
A moldura com detalhes em relevo
Já amareladas pelo tempo com certeza
São marcas fortes que elevo.
Tento apagar com as borracha da amargura
O que foi rabiscado em todo o meu ser
Mas é o rascunho em brochura,
Que será eternizado enquanto viver.
Ao lado abro as gavetas do passado,
As memórias fluem no ar
Vejo quanto era devotado,
A este amor engavetado.
Fecho o tinteiro com as saudades
A pena enxugo juntamente com as lágrimas,
Tranco as gavetas da memória
Findando assim a minha história.

O ACASO

O acaso as vezes nos reserva surpresas
Menos se espera ele surge.
Emerge das profundezas
Tirando-nos das mesmices,
Onde o tempo urge.
Quando se pensa que tudo completa
O acaso nos contempla,
Como uma areia em uma ampulheta,
A nos passar rapidamente a uma nova colheita.
Hoje me vejo como um folha seca
Levado ao sabor do vento,
a uma destino a onde o meu alento,
É o de não perder ao relento.
vou nas vontades de uma brisa,
Enquanto faço as minhas reflexões
Vou tirando de um passado que me eterniza,
Nas experiências aprendizados e emoções.
O acaso me joga agora em um nova era
Expectativas esperanças e quimeras.
Mesmo ultrapassado pela meia idade
Me surpreendo à esta nova realidade.
Os obstáculos foram feitos a serem superados
Problemas a serem solucionados,
E cá estou eu não tão cansado,
Mas surpreso diante do acaso que me foi talhado.
























NOS BRAÇOS DE UM QUIMERA

A vida em seu caminhar
Nos dão rasteiras imperceptíveis no olhar.
Dos sentimentos extinguem,aniquila e destroi,
Um coração sofrido e uma saudade que doi.
O acaso traiçoeiro e pérfidos
Arrebata o que nos é mais caro,
Levando alma e sentimentos em gracejos lépidos
Como se não houvera nada,algo sem amparo.
Rouba-nos o que é puro em um repente,
Um amor que nos era eternal,
Deixa-nos sem a áurea envolvente,
Extirpando-nos o ego,o id...è o final!
Saudades que tatuam ainda em meu ser
Sentimentos que ainda afloram
Fragmentos de meu bem querer,
Pedaços da alma que adornam.
Seu corpo ainda emoldura em meu corpo,
Seu clímax ainda sinto nas entranhas,
Seus lábios ainda a percorrer o meu dorso,
Quantas saudades tamanhas.
Bumerangues do infinito,me tenha-a de volta,
Pela briza da primavéra,
Nos braços de uma quimera,
Amparando a minha musa bela.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

FERROLHOS DA MEMÓRIA

Destravei o ferrolho da memória
Valsei nas asas do passado
Bati as portas das saudades,
Que hoje nos meus olhos escorrem.
                          Sinto como se hoje o fora
                          Seu ofegar frenético em meu peito
                          O seu beijo um tanto molhado,
                          Como se nos meus lábios fossem talhado.
Lembranças tatuadas no peito
Que o tempo em mim não deletam,
Marcas profundas de meu flagelo
Sentimentos que me afetam.
                          Seu corpo amoldado ao meu
                          Pulsando forte na alma,
                          Tento apalpar com a memória,
                          Sentindo o reviver de uma história.
Seus cabelos cascateando pelo rosto
                                                               O perfume deslizando na brisa,
                                                               Ainda sinto-o agora,
                                                               Paixão que me atiça.
                                                                                         Fecham-se as janelas,
                                                                                         Tranco as amarguras
                                                                                         Findam-se os sonhos,
                                                                                         Encerro as nostalgias.





































A VELHICE

Abrindo as portas de meu tempo
Deparo o quanto passou
Por estas mãos calejadas,
Que me foi dádivas da vida,
Porem também maltratou.
Carpi as terras de meu futuro
Ceifei as minas colheitas fartas,
Colhi algumas amarguras,
Escritos em minhas cartas.
Fartei os meus celeiros
Guardei as minhas provisões,
Distribuídas a herdeiros,
Riquezas de caráter feita às mãos.
Edifiquei uma vida
Construí um elo maior,
Minhas descendência 
Meus agrupamentos...
Família meu porto mor.
Mãos atadas a minha cara metade,
Já fragilizadas ,talhadas por momentos
Relatos de uma vida
Escritas em testamentos.
Fecha-se o pano
Finda-se um ato
Nas escritas da vida,
La estará tatuado.





































A CHUVA

A chuva verte suavemente pela janela
Tarde de primavera.
Os respingos esborrifantes turvam la fora,
Embaralhando aquela imagem
Que adentra sobre a passarela de jasmim,
E se aproxima até a mim.
Bate com suavidade a porta
Estremeço ate o pés,
Agora tudo é o que importa.
A briza entre suavemente junto a ela
Senti o seu cheiro de canela.
A porta se fecha atras de se
Abrindo novas esperanças.
Um novo idílio?!
Ou martírio!
Seus dedos tocam suavemente o meu rosto
Os seus lábios sedentos procuram os meus,
É redenção do perdão.
A chuva cai ainda la fora,
Os meus sentimentos desmoronam aqui dentro.
Meus olhos esquadriam o seu corpo,
Tateando toda uma saudade,
Quebrantando as minhas vontades.
Adormeço sob o seu colo desnudo
Desafagando as minhas incertezas,
No aprazer das certeza.













































HORA DO ÂNGELUS

O campanólogo soa o sino
Abrem-se o opúsculo da oração
Sublimar momento,
Curvam-se ao eminente 
Aplacamos as emoções.
Momento do ângelus.
O sexto badalar dos sinos
Entoam-se em aves marias 
Beatas em ladainhas,
Todas replicam em hinos.
Sons suaves emana da nave
Violinos em duetos com as liras,
Ecoam unidas em preces,
É a fé inquebrantável 
É a hora da AVE MARIA.



SOLIDÃO

Ao denodar os resquícios da emoção
Turvam as vontades do desígnio
O poente se torna eterno,
Condessando a melancolia
Abertas as portas do inferno.
Afogueado nesta tortura
Lanço-me as linhas do infinito,
Sobrepondo a  um passado.
Que se arrasta ao meu encalço
Quando na carne foi tatuado.
Sou parte desta escravaria 
Confinados nos sótãos da vida,
Tentando resgatar o imponderável
Do amor privado,
Distante impalpável.
Mares que navegam as minhas buscas,
Horizontes de minhas procuras
Que arriem as velas que embalam as saudades,
Atracando-me a um porto seguro
Seguro de minhas vontades.



















DIAS TURVOS

O dia transcorre lívido
Sem as cores da emoção
Como uma cortina que finda um ato
Turvando as minhas inspirações,
Como uma batuta que rege os fatos.
Oprimo,pego as chaves que se aninham ao ferrolho
Tento abrir as portas de meu vislumbre,
Faço uma oblação aos céus
Que contemplam os meus ofegos
Espalhados ao léu.
Nos desertos de minha solidão,
Tento me agarrar as miragens
Que se enveredam pelo meu quociente 
Transfigurando esta paisagem 
Das incertezas do não ciente.
Ventos que aplaquem as minhas tempestades
Baionetas que expulsem esta solidão,
Que estes momentos seja exorcizados 
Nas nascente de um amanhã,
No clarão de um sol dourado.