segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

UMA CIDADEZINHAS DE ESTILO EUROPEU

Acabando de subir a serra por entre as montanhas,apos a curva, já visualizava aquela pequena cidade de estilo europeu encravada no pé da serra.Suas ruas em paralelepípidos marcava ainda um época em que alguns europeus chegaram ali ficaram moradas deixando os seus traços arquitetônicos e marcas étnicas naquela pequenas metrópole.
   As fachadas das casas inebriavam com as suas floreiras nas janelas os transeuntes dando um toque todo especial de um colorido.Enquanto outros casarios mais antigos traziam em seus jardins os famosos caramanchões convidativos a uma repousante tarde de verão.
   -Alô mamãe,como estão todos por ai?
   O telefone despertou Maria Cristina de sua observância.
   -Tudo bem filha e por ai como vão as coisas?!
   -Vai indo mamãe,pena que eu não possa passar o final do ano com vocês.
   -Mas não há de faltar oportunidades filha!
   -Mamãe vou ter que atender a porta,estão batendo.-Deve ser o meu novo afer.
   Maria deu aquela sua risadinha meio marota para a sua mãe.
   -Ta bem filha fique com Deus.
   -Beijo mãe e a todos.
Maria Cristina era de uma família de um abastado fazendeiro perto da capital.Quando Cristina terminou o estudo fundamental, os seus pais a mandaram para a capital cursar a faculdade de administração  de empresas.Isto lhe valeu o pós graduação a gerência de um dos maiores banco do pais com uma de suas agencias localizadas naquela pequena cidade.Tornou-se muito bem quísta por aquela gente.Alem de ter uma facilidade de comunicar-se apresentava uma beleza ímpar.
Moça esbelta,bela,olhos da cor do mar,com pernas bem torneadas e trazia os cabelos cascateando pelos ombros com um cinturinha de causar inveja aquelas mais providas de recheios.
   Maria Cristina ao abrir a porta de seu sobrado,logo foi invadida por aquele perfume amadeirado que nas ultimas semanas estava acostumada a sentir de seu amado Eduardo.
   Eduardo chegara aquela cidade há alguns dias.Veio da capital  e se hospedara em um dos hotéis de nome Hilton Hotel.Em sua ficha de inscrição rezava entre outras coisa a profissão de Arqueólogo.Há muito se comentava naquela cidade alguns achados de fósseis e segundo o próprio Eduardo,estaria ali para os devidos estudos e exploração dos mesmos.
   Assim que Eduardo viu Maria Cristina...
   -Você esta êxplendida minha querida!
   -Obrigada,mas você também não esta de se jogar fora!
   Tornou a dar as suas costumeiras risadinhas marota.
Risos a parte, desceram para o saguão do sobrado de Maria Cristina.O carro de Edu já estava estaciona à porta e adentraram e seguiram para um dos restaurantes perto de sua casa.O restaurante fugia daquelas tradicionais linhas arquitetônicas daquele lugar.Tinham linhas mais arrojadas,conteporânias de um requinte inigualável.
Deliciaram das propostas gastronômicas com pratos sofisticados quando Maria Cristina passando as mãos delicadas sobre as de Edu...
   _Querido, ainda tenho que trabalhar.-Pode pedir a conta se não importar?!
   -De forma alguma meu amor!.
Assim que Eduardo a deixou na porta do banco, ponderou que a pegaria mais tarde em sua saída uma vez que lhe queria fazer uma surpresa.Como era final de ano e as lojas estariam abertas mais tarde, Eduardo no final do expediente bancário já estava a espera de Cristina a porta do banco.
Assim que Maria Cristina apareceu Edu logo ...
   -Querida,acho que vamos logo a joalheria!
   -Mas meu bem gostaria de tomar um banho primeiro.
   -Não tem mais e nem menos meu bem,vamos.
Feito isto Edu a puxou pela mão e saíram em direção a loja.Atravessaram uma pequena praça,e não mais que dois quarteirões adentraram a loja.
   Edu já havia passado por várias vezes a porta daquela joalheria,inclusive entrando por algumas destas vezes.Em uma das ocasiões Edu levou o maior susto absorto em seus pensamentos olhando todas aquelas preciosidades quando foi abordado pelo dono da joalheria o Senhor Richardson.
Sr.Richardson era um homem magro de feições um pouco pesadas.Um óculos a lhe escorrer pelo seu vasto narigão,e trazia entre as orelhas umas mexas de cabelos já bastante grisalhos enquanto na parte superior da cabeça  eram escaços das madeixas.Era uma figura um pouco grotesca mas com uma suavidade angelical.Foi quando o Sr.Richardson o abordou...
Em que posso lhe ser útil meu jovem?!
Eduardo ainda recuperando do susto e ainda com os olhos cintilando com o brilho de tantas jóias,lhe respondeu com aquele se sorriso meio amarelo...
   -Oh! me desculpe,estava apenas admirando estas preciosidades.
   -Pois fique a vontade meu jovem.
Assim que Edu e Cristinas chegaram foram atendidas pelo próprio senhor Richardson.
   -Como vai senhorita Maria Cristina?!
Cristina já era intima do senhor Richard,uma vez que as suas visitas ao banco eram frequentes devido as suas movimentações bancarias.
   -Senhor Richard,gostaria de ofertar um jóia a Cristina e o que o senhor sugere?!
   -Ora meu caro jovem,uma jóia para outra jóia não é tão difícil assim!
Saindo por alguns instantes,voltou logo a seguir com uma caixa ornada em veludo vermelho que continha em seu interior,brincos,anéis,braceletes que reluziam ao reflexos das luzes interior.Todas as jóias cravejadas em diamantes.
   -Querido,tudo isto é um exagero,alem do mais uma fortuna.Disse Maria Cristina.
   -Escolha uma por gentileza minha querida!
Apos algumas insistências Cristina optou por algo mais simples.
Sr.Richard,encheu-se de orgulho.Não eram todos os dias que se vendia uma jóia daquele quilate na loja.Eduardo por sua vez,apos um noite esplêndida com Maria Cristina em seu sobrado,tomou o seu café pela manhã,despediu-se dizendo que haveria de concluir os seus estudos arqueológicos.
Com algumas visitas a mais e outras compras de jóias,Edu,passou a ser íntimo de senhor Richard.
Segundo Edu lhe falara a seu respeito,viera da capital para explorar as terras no tocante a arqueologia,e era filho de um próspero industrial da metalurgia .E isto fez com que o senhor Richard o tivesse mais em conta.
Os dias se transcorriam normais naquela cidade,menos para Edu e Cris que viviam nas nuvens.
Eduardo já falava em compromissos mais sérios com relação a Cris.
Em uma quinta feira pela manhã a mãe de Cris lhe telefona...
   -Alô filha tudo bem por aí?!
   -Esta tudo bem mamãe as mil maravilhas.
   -E o novo afer filha!
   -Acho que ate vou me casar mamãe!
   -Cuidado filha,vamos mais devagar com isto.
   -Ta bem mamãe fique todos com Deus.
Em uma sexta feira,apos as dezoito horas,Eduardo foi a ate a joalheria do Sr.Richard.
   -Sr.Richard,estou deveras com o coração flechado pelo cupido.Vou assumir um compromisso mais sério com Cris.-Vou ficar noivo.
   -Mas que bom meu caro jovem Edu,vocês bem os merecem um ao outro.
   -Quero a jóia mais pomposa que o senhor tiver em sua loja.
Sr.Richard.entrou para uma das portas do fundo de sua loja,e apos alguns minutos voltou.Continha em sua mãos uma caixa preta e tirou la de dentro outra  caixinha toda em veludo azul escuro e a colocou sobre o balcão.Eduardo conhecedor de jóias caríssimas ficou boquiaberto com tamanha variedades de jóias caríssimas.Diante dele um colar de esmeraldas cravejadas em diamantes.Anéis,braceletes,brinco todos de uma fortuna considerável.
   -Uma pequena fortuna,meu jovem Edu,uma pequena fortuna.-Gaguejou o senhor Richard.
   -De fato Sr.Richard,uma pequena fortuna.Mas ela bem o merece não é mesmo Sr.Richard?!
   -As esmeralda Sr.Richard,quanto vale?!
   -Novecentos e oitenta mil dólares me caro jovem.
   -Senhor Richardson há de convir que não tenho esta pequena fortuna em mãos.Tenho apenas talões de cheques os quais eu poderia passar para o senhor averiguar na segunda feira,e apos a verificação dos cheques eu levaria as jóias.
   -Não há problemas algum meu caro jovem.Deixe os cheque a podem levar as jóias elas estaram em boas mãos.
Feito isto,alem de Edu levar as esmeraldas,levou consigo ainda,duas alianças de ouro com detalhes em ouro branco cravejadas em diamantes,e mais duas joias perfazendo um total de dois milhões de cento e cinquenta mil dólares.Uma pequena fortuna como já dizia o Sr.Richardson.
Naquela noite de sexta feira Cristina achou algo estranho quando Edu não apareceu nas noites costumeiras.Logo previu que ele deveria ter trabalho muito naquela tarde mas que de manhã ele estaria ali a abrir-lhe a porta com aquele seu perfume peculiar de um cheiro amadeirado.
Sábado pela manhã Cris,saiu para dar as suas costumeiras corridinha para manter aquele corpo escultural e manter a forma.Logo apos o banho Cris já ficou um pouco preocupada e resolveu fazer uma ligação para o hotel o qual Edu se hospedara.
Mas assim que Cris ouviu a resposta do atendente do hotel,ficou estarrecida...
   -Como é,não entendi muito bem o que o senhor falou.-por gentileza queira repetir.
   -O senhor Eduardo fechou a sua conta ontem a noite e seguiu viagem logo minha senhora!
Maria Cristina desabou como um fardo na poltrona a seu lado.Deveria ter ocorrido algo mais grave  que logo se esclareceria.Assim pensava Maria Cristina como de fato ficou esclarecido.
Eduardo havia viajado ate a cidade mais próxima,distante a cento e cinquenta quilómetros dali.Passou pela locadora de veículos o qual ele havia locado aquele carro a mais de sete semanas.Acertou o que devia pelos quilômetros rodados e pediu que o levassem ate o aeroporto.Feito isto ao chegar ao aeroporto...
   -Uma passagem por favor para o Rio de Janeiro.
   -Nome por favor.
   -Eduardo frazão.-Era o que constava em uma de suas identidades falsas.
Dentro do avião, Edu já acomodado em sua confortável poltrona,abriu um pasta de cromo alemão com um pequeno brasão inglês do lado da pasta,abriu-a ,e por uma pequena abertura abriu aquela caixinha de veludado azul escuro,e por alguns instantes deliciou-se com aquela pequena fortuna cravejadas em diamantes,deu um sorriso de poder e logo a seguir fechou o zíper de sua pasta encerrando assim mais um de seus  mirabolantes e arquitetados roubos.
   Enquanto isto, aquela cidade de estilo europeu não seria a mesma.Principalmente para Maria Cristina e o senhor magro de óculos redondo a lhe escorrer pelo vasto nariz.
   Sr.Richardson,se recuperava em um dos hospitais daquela cidade do choque dos cheques sem fundo.Ficara sabendo que o seu jovem amigo e freguez Sr.Eduardo nunca existira como pessoa física ou mesmo jurídica.
Maria Cristina havia pedido ferias antecipadas ao bando e se deslocara ate uma das fazendas de seu pai perto da capital.Esta tentando entender junto a companhia de sua mãe o que de fato havia ocorrido em sua vida.Ate aquele exato momento não saberia decifrar se haveria de ser um sonho ou uma realidade o qual ela teria vivido e sobre-vivido.Sua mente ainda brigava entre o real e o verdadeiro sonho ou não.
Mas aquela "Cidadezinha de estilo europeu" ficaria famosa  nas primeiras manchetes da capital,não somente da capital mas na mídia de todo o pais como o golpe do século.























     







































































































































































































































































































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