segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A MOÇA SOLITÁRIA DA ESTAÇÃO FÉRREA

A estação férrea ficava no pé da serra um pouco afastada daquele vilarejo.Não tão solitária não fosse ela sentada ali introspectiva em um banco de madeira frio como aquela tarde de espera.Lampejos açoitavam a sua mente de momentos cruciantes recentes.Lembrava momentos vibrantes quando de seu olhar pousando sobre o visor de seu celular e de sua emoção maior em saber que era ele.Esta emoção foi tolhida  quando a mensagem ali escrita falava de um encontro urgente com ela.Este encontro seria determinante em sua vida amorosa.Naquele momento sua emoções fragmentaram pronosticando o que estaria por vir não seria de bom grado.
   Já estava naquele hotel do vilarejo há quatro dias.Da sua janela,a paisagens montanhosa enfeitava aquela pequena vila de uma pouco mais de quatro mil habitantes.
A memoria lhe trazia de volta a primeira vez que através de site de relacionamentos seus olhos pousaram sobre aquela figura doce e ao mesmo tempo viril.Recordava ainda que a sua vontade foi mais forte do que a razão em ter se deslocado ate aquele lugar um tanto longínquo de sua casa para aquele tão esperado encontro.Já estava ali a mais de quatro dias aliás os melhores de sua vida não fosse detonado o inacreditável.
   Dos dias em que estivera ali,ele chegava doce e meigo como sempre.Naquele dia havia algo de negro pairando no ar.Chegou um pouco sério,um tanto quanto constrangido.Ao invés de tocar os seus lábios como sempre apenas roçou a na face.Este gesto chibatou as suas esperanças prevendo o imponderável.
   Sua voz ainda ecoa nos labirintos que ela arquitetou para uma vida a dois.
Quando a sua voz embarga lhe soou  aos ouvidos...
   -Meu bem,sei que andei criando expectativas falsas e falhas entre nos dois.-Mas na verdade a minha formação não me permite que crie mais ilusões ao nosso respeito.Na verdade tenho família constituída,filhos e tudo mais.-Me perdoe pela minha leviandade mas fui arrebatado pela sua beleza e me conduziu a tudo isto.Mais uma vez me perdoe.
   Feito isto,colocou seu rosto entre aquelas duas mãos delicadas que sempre a acariciavam,e num gesto beijou-a na face.
   Agora estava ali,somente só naquele banco frio de uma estação férrea perdida em seus pensamentos misturadas as lágrimas.Logo,foi sacudida por um apito do trem que cortou as suas emoções e aquele lugar bucólico misturadas à sua dor.
Embarcou as suas desilusões naquele trem que cortaria não somente as montanhas,mas um coração cheio de saudades misturadas as mágoas.

                                                           DINEY MARQUES























































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