quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

RABISCOS DE UM PASSADO

Hoje,uma tarde nublada
Uma garôa que antecipa o inverno
Escrevo com  a pena talhada
Verso de meu sonho eterno.
Tinteiro do lado,uma folha já alvejada
Um mata borrão a chupar as minhas mágoas
Das saudades doidas de minha amada
Que do pranto a dor desagua.
Sua foto em uma canto da mesa
A moldura com detalhes em relevo
Já amareladas pelo tempo com certeza
São marcas fortes que elevo.
Tento apagar com as borracha da amargura
O que foi rabiscado em todo o meu ser
Mas é o rascunho em brochura,
Que será eternizado enquanto viver.
Ao lado abro as gavetas do passado,
As memórias fluem no ar
Vejo quanto era devotado,
A este amor engavetado.
Fecho o tinteiro com as saudades
A pena enxugo juntamente com as lágrimas,
Tranco as gavetas da memória
Findando assim a minha história.

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