quinta-feira, 24 de outubro de 2013

BUSCANDO AS NOSSAS FORMAÇÕES

Ao transpormos as águas de nossas imaginações
navegamos nas ondas calmas dos pensamentos
aportando-nos em um passado
um tanto quanto longínquo,
que não possa ser encontrado.
Descemos pelas correntezas das saudades
fomentando nossos recalques e indagações,
visualizamos nossas increpações
nossas incredulidades,
documentadas nas fragilidades e indagações.
Os ventos sopram ainda nossas velas
que impelem estes navegantes intrépidos
a encasular-se pelas nostalgias,
transpondo cada fase,
com edificações,encantos e magias.
Ciente de um buscador que somos
andantes nos atravessadeiros,
abreviamos as nossas procuras ilusórias
buscando os nossos contextos,
a sinopse de nossas histórias.
Voltando ao nosso ser
trazemos em nossas bagagens,
heranças contidas em nossas andanças
formação de caráter brilhantes
sendo o que somos,
em deferência aos nossos semelhantes.












quarta-feira, 9 de outubro de 2013

A MANSÃO ABANDONADA

A tarde noite era chuvosa.Os raios coruscantes iluminavam as negras montanhas que surgiam nos reflexos que emanavam dos raios que logo em seguida,trovam estridentes por aquelas montanhas ecoando ate aquela mansão abandonada.
As janelas batiam umas contras as outras como um estalar de matracas anunciando algo funesto.As portas em seu rangir,assimilavam a gemidos de Zumbis andantes nas trevas ali constantes.Uma luz tênue de um candeeiro,o qual Walter acendera alguns instantes,visualizavam dentro das pretidões,teias de aranhas que caiam pegajosas sobre aqueles móveis velhos carcomidos,porem,bem talhados às mais bem requintadas peças de artes do século XIX.Ao pé da escada que dava acesso aos andares superiores,ao lado,havia uma moldura mais ou menos de um metro e meio por um,que trazia em seu interior as figuras de um casal,que no pre-suposto de Walter,seria os proprietários daquela velha mansão que outrora deva ter recebido vários nobres em suas noites de folguedos realizadas naquele velho casarão.
Por onde se locomovessem,aquele olhar do casal do quadro,parecia acompanha-lo a qualquer canto que o fosse.
   A chuva agora caia torrencialmente obrigando Walter  a permanecer naquele lugar arrepiante.Ao lado,em outro canto da sala,havia uma poltrona e um jogo de cadeiras confeccionadas em acabamento de palhinhas com pés torneados talhados por algum artesão exímio da época.Aquela poltrona parecia o único lugar daquele ambiente sombrio,a qual Walter poderia repousar o seu esqueleto cansado.A proposito,havia uma especie de um espanador o qual Walter se apropriou,para tirar um pouco da poeira existente naquele sofá o qual ele repousaria.
   Ao sentar-se sobre o sofá em questão,lembrava ainda quando dirigia a poucos instantes por aquela estrada fatídica com o seu carro por aquela chuva interminável,quando em um repete sem mais sem menos,o seu carro morreu o motor obrigando-o a parar naquele exato lugar.Tentativas foram em vão para que se acionasse o motor de seu carro.Sem conseguir o seu intento,lembra ainda que ao descer do carro,já bastante molhado,havia uma estrada de chão ao lado que inconscientemente o levaria aquele lugar tenebroso.Cansado deitou-se sobre aquela poltrona.Quando o sono começou a lhe tomar conta,ouviu barulhos de um arrastar de chinelas vindo do andar superior.Os arrepios tomaram conta de seu ser.Tentou controlar-se mas a rasão foi mais forte do que a ação.Ouviu ainda aquele arrastar de chinelas aproximando-se do topo da escada.Tentou fechar os seus olhos mas um ímpeto impediu que os fizessem e que os deixassem semi abertos para que pudessem apreciar aquela sena macabra.
Como os seus olhos ainda semi-abertos,foi quando deparou com aquela figura de mulher resplandescente,alvejada,porem de uma formosura ímpar,a descer pelas escadarias suavemente.Por onde passava,nos degraus da escada ficavam as marcas de suas pegadas reluzentes,mas já sem as chinelas,deslizava suavemente com as suas mão brancas agarradas ao corrimão da escada.Chega ao sopé da escada.Seu sorriso escarneado em sua direção, jorravam reflexos luminosos que emanavam de seus lábios.
   Não sentiu o palpitar de seu coração,mas uma taquicardia desenfreada.Ao aproximar de Walter,em um gesto suave,deixou cair aquela manta florescente que lhe cobria ate então.Agora deslizava pelo seu corpo alvo e desnudo,mostrando suas facetas enigmáticas da perfeição de uma formosura ímpar.Seus cabelos loiros brilhantes,cascateavam pelo seus ombros,a lhe cobrir aqueles pomos inebriantes e alucinantes.Seus braços e pernas bem torneadas,fariam inveja a qualquer mulher de uma passarela.Aproximou-se de Walter e com seus braços delgados,entrelaçaram aos dele com uma frieza gélida,com quanto os seu lábios tocaram os dele naquele frenesi congelando-lhe a alma.
   Deitados sobre aquela poltrona fétida a bolor,e entre abraços e laços,sucumbiram pelos atos cupidinosos das pudicícias perdidas naquele ato de magias da necrofilia.Desfaleceu por completo.
Acordando no amanhecer,tudo parecia sonhos enquanto o encanto daquela noite desencantava como se não houvera nada. Tudo havia se esvaído com a brisa daquela manhã.Subiu ao andar de cima,escalando a mesma escada por onde descera aquela figura enigmática,vasculhando todos os aposentos daquela velha mansão abandonada,sem se quer encontrar uma alma viva,ou seja,um ser humano qualquer.
   Agora deixando aquele lugar sepulcral,Walter ao voltar o seu olhar do pátio daquela mansão abandonada,visualiza ainda um vulto reluzente que lhe abana acenando com as mão alvas e macias,daquelas janelas ainda semi-abertas.
De um ímpeto,apressa os seu passos ate o portão,e pondo os seus pés na estrada com passadas rápidas ate a aproximação de seu carro estacionado naquele lugar ermo.
Ao adentrar no seu carro,por incrível que pareça,bastou dar um giro na chave da ignição para que o motor de seu carro fosse acionado sem maiores problemas,como se não houvera nada na noite anterior.Voltou ao seu destino,com os pensamentos voltados para o inexplicável acontecido naquela noite anterior na MANSÃO ABANDONADA.