sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

"VELHICE"

No encorrilhar da face
condensa em cada traço
o labor,o aprendizado,
que no rosto me foi talhado
vivezas as quais ainda os faço.

Nas guedelhas dos cabelos arruçados,
ali estão carimbadas
o passadismo das maturidades,
arrancadas nas fadigas,outrossim,nas sanidades.

No latejar de um coração,
ecoam nas trincheiras dos meus combates,
o retumbar tatuadas nas molduras de minhas labutas
hoje refletidas em um bengala
que é o sustentáculo de minhas lutas.

As caminhadas arrastantes,
deste ancião mutuante,
que esquadrinha toda uma existência
calcadas nas virtudes teologais,
uma fé inquebrantável,
de uma realização irrefutável.

cavalguei nas bravatas de um passado
arpei a feras de meu imaginário,
surfei nas ondas com quanto já realizadas.
Hoje,sobre uma cadeira de balanço,
somo meus balanços advindos das minhas sagas.

















quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

MENINICES

No descortinar o reter das minhas lembranças
vislumbrei-me com os decorridos.
Célere pelos prados verdejantes,
camisa descoberta ao peito
era o meu deleito.
Sentir o prazer dos ofegantes,
descer os montes verdejantes
pausar embaixo de uma árvore frondosa aconchegante.

Despojado das pudicícias 
desguarnecido em nudez,
embrenho-me pelos charcos gelados
sentindo na pureza d`alma
o infante,a minha intrepidez.

Bola de meia com cosedura à mão
rola e rebola em meio aos pés descalços,
repica e pica em meu rumo,
me ponho a prumo,
atinjo-a de primeira.
É duradora a ovação,
o gol,a candura
da inocência pura.

Pipas alçam seu voos supostamente aladas
tentam negligenciar-se engalanadas.
Estão retidas a um fio
que é o meu desafio,
em não perde-la na imensidão
de meus sonhos alados
de uma meninice
onde os tempos la se vão
contadas nos dedos de minhas mãos.