domingo, 2 de dezembro de 2012

LUA COBIÇOSA

Ao lacerar com as mãos a noite
através da fenda, ao longe vejo a lua
pela fresta ela ilumina-me em meu canto,
e ela ainda na cama toda nua
deitada em seu desencanto.
Desprendido de tudo em volta
minhas sombra se afugenta pelo chão,
irando-me em revolta
exaurido a ela,consolo em estar só
mesmo vociferando o não.
Dantes,somente mimos,
sons de murmúrios
tantas vezes rimos,
corações palpitantes,ofegantes
ainda como alguns perjúrios.
Pele na pele
o amornar de dois corpos,
seu corpo em mim amoldável
uno,inseparável.
A lua entra raivante e intrigante,
pela fresta, entra apartadora 
com seus braços laceráveis
separa-nos recalcada e invejadora.
Agora,entrelaçada em meus desejos
pelo enlaçar da invejosa lua,
abrasante,vejo-a ainda sobre a cama,nua
sem poder extasiar os meus desejos,
é a lua,com os seus desejos e sobejos.









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