terça-feira, 20 de novembro de 2012

O IDOSO

Daqui de minha cadeira de balanço
vejo o quanto os anos passaram la fora.
A árvores que quando em criança plantei
já sombreia daqui ate la fora.
Os óculos que dantes mãos os tinham,
ornamenta e escorre para o final de meu nasal
aproximando-me mais do real.
Os anos não passaram essencialmente la fora,
mas  arrastaram consigo a nossa juventude
que lutei bravamente o quanto pude.
Mas o tempo é ruinoso
não reverência os mais idoso.
Em meu caminhar já necessito de um apoio
uma bengala indispensável e bem polida,
que é o meu sustentáculo que me leva aqui e acola nesta vida.
As minhas noites de boémia,frequento-as somente em pensamentos,
os bares de minha vida
hoje,só ficaram em meus lamentos.
Volto o meu olhar para a minha velha e carcomida chinela,
vejo a minha vida encravada nela,
arrastada pelo chão,aguardando o merecido descanso,o meu e o dela.
Os meus ouvidos já não assimilam bem os sons,
as pessoas bradão alto com as mãos em côncavo
mas não é imprescindível,nem tanto,
pois ouço ainda o bastante
para que se reverencie este pobre velho errante.
As resignações já não são prerrogativas daqueles que nos cercam,
se encolerizam como nosso caminhar vagaroso e arrastante
olvidam que os mesmos dias passaram em suas vidas,
e que um dia,terão a sensibilidades das mesmas feridas.
   Falam de uma terceira idade.
Quisera eu,que me fossem levado a ela,
mas o período daqueles que nos cercam
são exíguos para este velho matusquela.
O ónus da velhice não se determina pela idade,
mas pelo peso do desprezo
que interiormente em nós,reflecte muita maldade.
Somos olvidados pelos cantos das insignificâncias,
albergados as vezes em asilos de velhos abnegados
somos postos em esquecimentos,
como se fossemos objetos deteriorados.
A plremíssia única vem dos céus
que nos fomenta um novo descanço.
Para eles, ele repousou,
è o que restou.
Que se afoguenten e atirem ao léu
para que não sejam nem lembrados,
os pertences deste velho divinal,
que já repousa junto a Deus nos céus.




























Nenhum comentário :

Postar um comentário