quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

MENINICES

No descortinar o reter das minhas lembranças
vislumbrei-me com os decorridos.
Célere pelos prados verdejantes,
camisa descoberta ao peito
era o meu deleito.
Sentir o prazer dos ofegantes,
descer os montes verdejantes
pausar embaixo de uma árvore frondosa aconchegante.

Despojado das pudicícias 
desguarnecido em nudez,
embrenho-me pelos charcos gelados
sentindo na pureza d`alma
o infante,a minha intrepidez.

Bola de meia com cosedura à mão
rola e rebola em meio aos pés descalços,
repica e pica em meu rumo,
me ponho a prumo,
atinjo-a de primeira.
É duradora a ovação,
o gol,a candura
da inocência pura.

Pipas alçam seu voos supostamente aladas
tentam negligenciar-se engalanadas.
Estão retidas a um fio
que é o meu desafio,
em não perde-la na imensidão
de meus sonhos alados
de uma meninice
onde os tempos la se vão
contadas nos dedos de minhas mãos.


2 comentários :

  1. Belo canto a criança que ainda vive em você..Ela só esta´cochilando, esperando outra partida recomeçar ...O vento espreguiçar para sua pipa colorida empinar...Abraço

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  2. PARABÉNS DINEY MARQUES AMEI...ADORO LER VOCÊ.BEIJOS

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