terça-feira, 16 de julho de 2013

A DEUSA DAS AGUAS

A tarde já caminhava para o poente,enquanto os pássaros se aninhavam no aconchego de seus filhotes.O campanólogo puxava a corda que movia o badalar dos sinos das dezoito horas.As beatas dobravam os seus joelhos,na Nave Santa,reverenciando o Deus onipotente.Era o momento do Ângelo.Os sons do badalar dos sinos,ecoavam pelas montanhas,chegando aos ribeirinhos,carreados pelas brisas intrigantes que oscilavam as folhagens das árvores,enquanto o vai e vem das águas ao quebrantar nas pedras,soavam como sinfonias orquestrais das matas.
A cachoeira ondulantes,escorriam pelas ribanceiras,finalizando em espumas esvoaçantes,fazendo como que as sua quebradas nas pedras,ecoassem pelas florestas.
   Em meio a águas,emerge esculpida pelas mãos do Senhor,o morenado brejeira daquele corpo talhado e emoldurado,refletida ainda,por um fio de luz que beijava aquele corpo nu,que agora deslizava a apalpar com os seus pés,as areias alvas,tatuando pegadas molhadas em seu caminhar.
Cabelos ondulados,negros,a cascatear pelos seus ombros,cobrindo-lhes os seus seios fartos,como dois pomos a marcar um direcionamento.Olhos amendoados,azuis das águas,sobrepondo os lábio carnudos,porem avermelhados,que ao sorrir em minha direção,distinguia-se o brilho alvo de seus dentes,que reluziam à sua volta.Pernas delgadas,torneadas,que ao andar,bailavam suavemente,enquanto o meu ser,trêmulo,estático,compactuavam aquele ato de pura magia e estase.
   Aproximou-se de mim,sorriso escancarado,envolveu-me com os seus braços alongados sobre o meu corpo frenético,abrangendo-me com aquele corpóreo monumental anjo de candura.Seus lábios sobrepuseram sobre os meus,e em estase vaguei pela amplidão de meus desejos.
Nossos corpos,unos,repousaram levemente sobre a areia abrasadora e alva,aconchegando-nos ao nicho do amor.
   A pudicícia esvaiu-se ruborizada,apropriando-nos os Deuses libidinosos febrentos das orgíacas,impelindo-nos aos estases das sedações morfológicas sexuais.
Sublimados,esvaímos aos desejos aflorados nos compadecimentos de dois corpos sedentos apetecidos do amor.














































2 comentários :

  1. Meus parabéns, Diney,por tão maravilhoso blog, e, nessa prosa poética, o nobre amigo e poeta sobeja todo o seu talento. É uma obra prima das mais raras. Que Deus continue lhe iluminando em continuadas e belas inspirações.

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  2. Repleto de magia,amor e sensualidade...Belo

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