sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

A VENDEDORA DE ROSAS VERMELHAS

A ramalheteira passeava um pouco tropega pelos transeuntes daquela pracinha oferecendo as suas rosas vermelhas,quando um insano,propositadamente,lhe arrancou o cesto das suas mãos debandando-se pelos passeiros que por ali transitavam naquele momento.
Suas ilusões também foram lhes arrancadas,fazendo assim,murchar as realidades de seu sustento daquele dia,uma vez que das rosas vendidas,sairiam as suas sobrevivências.
Germinou dentro dela naquele momento,um ira incontrolável,mas que foi aplacada por um senhor,que passando naquele instante por ela,conduziu-a à sentar-se em um banco daquela pracinha.Enxugou-lhes aqueles olhos lacrimejantes,cheios de ressentimentos,afagou-lhes os cabelos,com pressentimentos que já os fizera antes,de uma velha intimidade interior.Algo naquela senhora chamou a sua atenção parecendo lhe algo familiar.Seu coração começou a bater no compasso do descompasso de suas emoções.
   As mãos daquele senhor eram afagantes para com ela.Um calorígeno invadiu-lhe a alma vinda das mãos acariciantes daquele homem.Ele introduziu a mão na algibeira de seu casaco,tirou algumas pecúnias,e as colocou sobre as mãos daquela pobre senhora que traduzia nas linhas das rugas de seu rosto,marcas de um tempo que não foram tão salutares e propícias a ela.Passara pela sua cabeça,ao divisar aquele homem naquele instante,lembranças de um passado marcante,quando da impossibilidades de criar o seu rebento,foi quase que obrigatoriamente em deixa-lo em uma creche de subúrbio,os quais,os anos trataram dos vendamentos das vivências de ambos para sempre.Daquele encontro,sem esboçar uma única palavra sequer entre os dois,somente um olhar de coloquio,se distanciaram um do outro,a procura de seus destinos.
   Aquela sena,transportara aquele homem para os idos de quando criança.Um passado um tanto quanto distantes,mas que retratavam o quanto os foram desfavorecidos a ele,quando deixado pela sua progenitora em um velho abrigo paupérrimo de arrebalde.Sabia,pelas histórias que lhes chegavam as mãos,que a mesma não tinham os proventos necessários para o sustento de ambos.
Destinos à parte foram lhes reservados distintamente.Aquele senhor,segundo a sua luta empenho e labor diuturnamente,se transformara em um emérito juiz de direito daquela comarca.Um homem de fino trato e pai exemplar.Apos aquele encontro,veio a baila mais uma vez,na imagem daquela pobre senhora,de quando criança em ser abandonado em uma velha creche.Logo seus pensamentos se dissiparam com o toque de seus passos descendo por aquela alameda ornada em Flaboyants.
   Daquele encontro ficaria uma incógnita familiar entre os dois.Cada um com os seus destinos,seguindo cada qual as suas predestinações.Ele,emérito juiz de direito de renome daquela cidade.Ela,o destino lhe reservara em ser apenas a VENDEDORA DE ROSAS VERMELHAS.  





























SOLIDÃO FRAGMENTADAS

Enquanto a chuva vertia pela janela
eu esboçava em meus pensamentos,
o interpelar dos meus lamentos
o porque dos meus sôfregos,
se já não tenho nenhum apego.

Talvez um queixume,ou lamento,
motivadas pelos meus insulamentos,
ou por estar tão só,
como uma ampulheta que derrama o seu pó
medindo a minha solidão,
sem dó ou compaixão.

Sobre a parede,Mona Liza,com seus ares enigmáticos,
me olha de soslaio.
Seu sorriso é pragmático
gozoso a minha dor,
das minhas idéias fragmentadas com bolor.

O relógio da parede compactua ao meu silêncio
marcando as horas seis,
há mais de um mês.
Detemos no tempo
agora contadas nos tentos.

Os relâmpagos fulguram la fora.
A chuva é mais amena.
Eu,junto a solidão,em contracena,
visualizamos o esvair do acaso
perdidas nas valetas do descaso.

  


















domingo, 17 de novembro de 2013

SOU EU,SOU EU!

EU SOU A BRISA QUE A ENVOLVE E ROÇA O SEU ROSTO
SOU PENSAMENTOS QUE VAGUEIAM NO SEUS,
SOU ESTRADA DE SEU CAMINHAR,
SOU O SOL DE SUA TREVAS
SOU CANTIGA DE SEU NINAR.

SOU O SOLUÇO DE SEUS DESGOSTOS
SOU O SEU APRAZER,
SOU OS VENTANEJOS QUE AÇOITAM O SEU REFLETIR,
SOU ÁGUA DE SUA SEDE
SOU O REPOUSAR NA SUA REDE.

SOU A LUA DAS SUAS NOITES
SOU A LINHA QUE FINDA O SEU CÉU,
SOU,COM EFEITO, O SEU ALVORECER
SEUS CASTIÇAIS QUE TE ILUMINAM
NO SEU ENTARDECER.

SOU A SUA NAU SEM RUMO
SOU ALGUÉM DE SUAS PROCURAS,
SOU O FAROL QUE TE DIRECIONA E GUIA
SOU EU,SOU EU,
O CANTO DA COTOVIA.










quinta-feira, 24 de outubro de 2013

BUSCANDO AS NOSSAS FORMAÇÕES

Ao transpormos as águas de nossas imaginações
navegamos nas ondas calmas dos pensamentos
aportando-nos em um passado
um tanto quanto longínquo,
que não possa ser encontrado.
Descemos pelas correntezas das saudades
fomentando nossos recalques e indagações,
visualizamos nossas increpações
nossas incredulidades,
documentadas nas fragilidades e indagações.
Os ventos sopram ainda nossas velas
que impelem estes navegantes intrépidos
a encasular-se pelas nostalgias,
transpondo cada fase,
com edificações,encantos e magias.
Ciente de um buscador que somos
andantes nos atravessadeiros,
abreviamos as nossas procuras ilusórias
buscando os nossos contextos,
a sinopse de nossas histórias.
Voltando ao nosso ser
trazemos em nossas bagagens,
heranças contidas em nossas andanças
formação de caráter brilhantes
sendo o que somos,
em deferência aos nossos semelhantes.












quarta-feira, 9 de outubro de 2013

A MANSÃO ABANDONADA

A tarde noite era chuvosa.Os raios coruscantes iluminavam as negras montanhas que surgiam nos reflexos que emanavam dos raios que logo em seguida,trovam estridentes por aquelas montanhas ecoando ate aquela mansão abandonada.
As janelas batiam umas contras as outras como um estalar de matracas anunciando algo funesto.As portas em seu rangir,assimilavam a gemidos de Zumbis andantes nas trevas ali constantes.Uma luz tênue de um candeeiro,o qual Walter acendera alguns instantes,visualizavam dentro das pretidões,teias de aranhas que caiam pegajosas sobre aqueles móveis velhos carcomidos,porem,bem talhados às mais bem requintadas peças de artes do século XIX.Ao pé da escada que dava acesso aos andares superiores,ao lado,havia uma moldura mais ou menos de um metro e meio por um,que trazia em seu interior as figuras de um casal,que no pre-suposto de Walter,seria os proprietários daquela velha mansão que outrora deva ter recebido vários nobres em suas noites de folguedos realizadas naquele velho casarão.
Por onde se locomovessem,aquele olhar do casal do quadro,parecia acompanha-lo a qualquer canto que o fosse.
   A chuva agora caia torrencialmente obrigando Walter  a permanecer naquele lugar arrepiante.Ao lado,em outro canto da sala,havia uma poltrona e um jogo de cadeiras confeccionadas em acabamento de palhinhas com pés torneados talhados por algum artesão exímio da época.Aquela poltrona parecia o único lugar daquele ambiente sombrio,a qual Walter poderia repousar o seu esqueleto cansado.A proposito,havia uma especie de um espanador o qual Walter se apropriou,para tirar um pouco da poeira existente naquele sofá o qual ele repousaria.
   Ao sentar-se sobre o sofá em questão,lembrava ainda quando dirigia a poucos instantes por aquela estrada fatídica com o seu carro por aquela chuva interminável,quando em um repete sem mais sem menos,o seu carro morreu o motor obrigando-o a parar naquele exato lugar.Tentativas foram em vão para que se acionasse o motor de seu carro.Sem conseguir o seu intento,lembra ainda que ao descer do carro,já bastante molhado,havia uma estrada de chão ao lado que inconscientemente o levaria aquele lugar tenebroso.Cansado deitou-se sobre aquela poltrona.Quando o sono começou a lhe tomar conta,ouviu barulhos de um arrastar de chinelas vindo do andar superior.Os arrepios tomaram conta de seu ser.Tentou controlar-se mas a rasão foi mais forte do que a ação.Ouviu ainda aquele arrastar de chinelas aproximando-se do topo da escada.Tentou fechar os seus olhos mas um ímpeto impediu que os fizessem e que os deixassem semi abertos para que pudessem apreciar aquela sena macabra.
Como os seus olhos ainda semi-abertos,foi quando deparou com aquela figura de mulher resplandescente,alvejada,porem de uma formosura ímpar,a descer pelas escadarias suavemente.Por onde passava,nos degraus da escada ficavam as marcas de suas pegadas reluzentes,mas já sem as chinelas,deslizava suavemente com as suas mão brancas agarradas ao corrimão da escada.Chega ao sopé da escada.Seu sorriso escarneado em sua direção, jorravam reflexos luminosos que emanavam de seus lábios.
   Não sentiu o palpitar de seu coração,mas uma taquicardia desenfreada.Ao aproximar de Walter,em um gesto suave,deixou cair aquela manta florescente que lhe cobria ate então.Agora deslizava pelo seu corpo alvo e desnudo,mostrando suas facetas enigmáticas da perfeição de uma formosura ímpar.Seus cabelos loiros brilhantes,cascateavam pelo seus ombros,a lhe cobrir aqueles pomos inebriantes e alucinantes.Seus braços e pernas bem torneadas,fariam inveja a qualquer mulher de uma passarela.Aproximou-se de Walter e com seus braços delgados,entrelaçaram aos dele com uma frieza gélida,com quanto os seu lábios tocaram os dele naquele frenesi congelando-lhe a alma.
   Deitados sobre aquela poltrona fétida a bolor,e entre abraços e laços,sucumbiram pelos atos cupidinosos das pudicícias perdidas naquele ato de magias da necrofilia.Desfaleceu por completo.
Acordando no amanhecer,tudo parecia sonhos enquanto o encanto daquela noite desencantava como se não houvera nada. Tudo havia se esvaído com a brisa daquela manhã.Subiu ao andar de cima,escalando a mesma escada por onde descera aquela figura enigmática,vasculhando todos os aposentos daquela velha mansão abandonada,sem se quer encontrar uma alma viva,ou seja,um ser humano qualquer.
   Agora deixando aquele lugar sepulcral,Walter ao voltar o seu olhar do pátio daquela mansão abandonada,visualiza ainda um vulto reluzente que lhe abana acenando com as mão alvas e macias,daquelas janelas ainda semi-abertas.
De um ímpeto,apressa os seu passos ate o portão,e pondo os seus pés na estrada com passadas rápidas ate a aproximação de seu carro estacionado naquele lugar ermo.
Ao adentrar no seu carro,por incrível que pareça,bastou dar um giro na chave da ignição para que o motor de seu carro fosse acionado sem maiores problemas,como se não houvera nada na noite anterior.Voltou ao seu destino,com os pensamentos voltados para o inexplicável acontecido naquela noite anterior na MANSÃO ABANDONADA.
























































quarta-feira, 4 de setembro de 2013

A PRIMAVERA

Finda-se o inverno avizinhando-se a primavera.A terra regozija e as plântulas se inebriam em seu principiar pela vez primeira o seu florir.
As floreiras fomentam o seu florar no colorar a mãe terra natureza.O germinar em seu bulbo,expõe o seu engalanar fulgurante.É a primavera a emergir de seu pausar,a expelir seu magistral florear em seus encantos aos jardinistas.
O florescer em sua roupagem de tons e semi-tons,com cores variantes,se tornam unas em suas magnitudes de encantos mil.A terra se enfeita para o seu desfilar aristocrático pelas passarelas enigmáticas dos fulgurantes.
   É a primavera pomposa em seus encantos florais a deusa das flores.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

NOSSAS DUVIDAS NOSSO REFLEXOS

No surdir de uma nova aurora a cozedura se faz presente em um novo vivenciar.
Coligam-se nossos retalhos fragmentados de um ontem que não nos foram tão alvissareiros,mas em um novo caiar de nossas angustias.
O desnortear não são uma constâncias a cada indivíduo.Os reflexos do habitual nos abate como uma ave em sua queda magistral de um tiro certeiro.
Não sejamos as mesmices diárias.O semelhante com o seu ardil,arquiteta as suas teias,impregnando-nos com o seu visgo pegajoso.
Atentamos e alertemos com o mais próximo.Não renunciamos às nossas vontades,permitindo que o próximo tirem o cavaco de seu olhos e transportem aos nossos.
Nós somos o que somos,é segundo os nossos desejos e vontades,não compactuando aos detritos maléficos de nosso mais próximo.
   As nossas cintilações serão as constâncias,com quanto criadas aos nossos pensamentos e vontades dentro do livre arbítrio do ir e vir.
Sejamos pois,o que somos.Se somos,seremos sempre nós mesmos.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

NOSSAS BUSCAS

Disperso no passado,em meio as sucessões dos dias,ficaram nossa utopias.
Ficções que se emaranharam pelo escorrer das ilusões a desaguar pelas incertezas dos mares insondáveis em sua profundezas.
A exabundâncias da sordidez,exauriram nossos sonhos exacerbados nas buscas constantes de um platonismos sem recíprocas.Emergindo das profundas do imaginário,surge agora,exuberante vicejante,o real de nossas buscas.Tão reais e enigmáticas como em nossas fantasias o fora um dia.
Inconteste,sem tréguas ininterruptas,travamos nossas buscas contra os Dragões de nossos imaginários,nas convicções do encontro fatal.Nas buscas do qual buscamos e nos encontros encontrados dos desencontros.

sábado, 10 de agosto de 2013

O CARPINTEIRO SOLITÁRIO

Morro da mesa se destacava em um dos cantos das Minas Gerais,situado mais no sentido norte do estado.Deu-se origem a este nome,motivados por uma elevação de terra em formato de uma montanha achatada,que se equiparava a um mesa.
Bem no sopé deste morro,vivia Sr. José.Homem de pouca proza,mas com o seu formão nas mãos,o mesmo falava por ele,dando formas milimétricas a coxos,porteiras,currais,e tudo a que se referia a marcenarias.Vivia um tanto quanto solitário,tendo como companheira,sua viola,feita pelas próprias mãos hábeis.
De sua ferramentas saiam traçados forjados de peças irreparáveis o que lhe proporcionou que o seu nome se propagassem aos quatro ventos,como Sr.José do formão.
   Habitava em uma casinha modesta,onde a maior riqueza,era o próprio morador com as suas obras primas.
José foi invocado a comparecer a uma fazenda próxima ao seu lugarejo,para a confecção de uma porteira,da qual a proprietária,era uma senhora rigorosa,enérgica.Questões estas,que advinham dos padrões morais e tradicionais de seu antepassados.Mulher com a sua viuvez caracterizada ha quatro anos.Flagelava ainda a sua mente,a falta de seu consorte.Alem de sua fazenda,herdou ainda,mais alguns alqueires de terra roxa,bem abaixo do capão da Onça.Sobrevivia economicamente das negociatas de seu leite,de seus notáveis e saborosos queijos mineiro e algumas permutas oriundas de algumas vendas de cabeças de seu gado.
   Sr.José,chegou pela manhã a fazenda de dona Josefina, e apos algumas trocas de palavras,ficara acordadas os valores de seu labor,e de sua estadia naquela fazenda,por quanto,o seu trabalho assim os fossem terminados.
Sr,José,para qualquer canto que fosse,levava a sua velha companheira;viola a tira-colo.Entre uma tarde e outra,apos o termino de seu trabalho,Sr.José,sentava em uma banqueta na varanda da fazenda,e tirava do fundo de sua alma,as emoções traduzidas nos acordes melodiosos de sua velha viola.A princípio,Dona Josefina,ouvia as sua canções la de sua cozinha,as vezes lavando os talheres do jantar,em outras,cosendo uma roupa rasgada,mas não deixando de ouvir os acordes da viola que lhe penetrava e apertava o seu coração,trazendo de volta,as saudades daquele que partiu tão cedo,segundo a própria Dona Josefina.
   Sr.José,por sua vez,continuava o seu entalhar naquilo que lhe fora proposto,que era a confecção de uma porteira.Pedaços de lascas voavam com as batidas de seu formão,ferindo a madeira virgem,que teria mais tarde a sua transformação em um acabamento aprimorado de uma porteira.
   Já se passara cinco dias de sua estadia naquela fazenda de Dona Josefina.As aproximações já não pareciam mais tão distantes.Já se falavam,cada um expondo a sua histórias.José,por sua vez narrava a história de como havia perdido sua querida e amada esposa Maria das Dores.Dona Josefina,ainda chorosa,retrucava com a história de seu amado esposo:-Era tão bom,prestativo,como ele jamais haverá outro.
Nas tardezinha,quando o sol se punha no horizonte,ecoavam ao longe,os acordes da viola chorosa,que alem da voz de Sr.José,contava,já,também com a voz de Dona Josefina fazendo à sua parceria,ouvindo e bebericando de uma voz que não semitonava.Apos uma semana,José,já visualizava que o seu coração partido,começara a se abrir para novas perspectivas.Começou assim,a fazer com que o seu trabalho se fizessem a toques de caixa;lento quase parando.Sentiu uma necessidade de permanecer mais longamente naquela aprazível fazenda.
Dona Josefina,por hora,quando o Sr.José se ausentou por alguns dias,ao buscar algumas ferramentas em sua casa,sentiu muito a carência de sua presença.Quando chegou de volta,Dona Josefina,não conseguiu disfarçar o seu alegramento pelo seu retorno.Sr.José,da mesma forma sentiu esta receptividade por parte dela o qual recebeu de bom grado.
   Em uma tarde chuvosa,José não pode executar  as suas sinfonias na pequena varanda da fazenda,mas os fez dentro de casa,propriamente na cozinha,por quanto Josefina acabara de enxugar a sua louça do jantar.Aproximou de José,sentou-se a seu lado,tocou lhe de leve os seus joelhos com as mãos.José parou a sua execução,olhou profundamente nos olhos de Josefina,aproximou-se de seu rosto,e beijou-a de leve os seu lábios.Josefina ficara rubro com a atitude de José,mas ao refazer-se de sua timidez,dentro de sua aparente vergonha propôs a José:-Do porque não pegar seu panos de trapos e se juntar aos dela?!José,meio que boque-aberto abraçou-a com fervor,e sentiu o seu coração se abrir mais uma vez para aquele pacto coloquial.
   Passara-se um ano.José fez uma reforma total na fazenda.Nos currais,nas cercas e em outros acertos.A vida lhes sorriam,e as manhãs eram delirantes como o restante dos dias.Dona Josefina,um dia ou outro reclamava de dores no braço,cansaço físico,o que José ponderava que era o trabalho excessivo por parte dela e que deveria amainar os seus trabalhos domésticos.
O romance entre ambos,os transformaram em dias de adolescências vivenciadas em seus cotidianos.
   Apos um dia exaustivo,José chegando da lida,sempre chamava Josefina da porta da sala da fazenda.Neste dia não obtendo respostas,adentra a casa e continua a chamar por Josefina que não lhe responde o seu clamor.Ao chegar a cozinha,seu coração em taquicardia,depara com o corpo de Josefina inerte sobre o piso frio de uma final de vida.Ajoelhado,José aos gritos,clama pela volta de Josefina.Josefina,havia deixado aquele pobre homem mais uma vez jogado a sua ma sorte.Aquela que lhe havia devolvido a rasão de ser,as alegrias,momentos jamais vividos.A tragedia lhe arranca e lhe abate sem dó ou mesmo piedade.
   José,mais uma vez só,ajoelha sob a sepultura de Josefina,deita-lhe uma corbelhas de flores,aquela que lhe deu condições de prover alegrias cumplicidades por mais de anos.
Agora,em sua velha cabana,no tinir de sua viola,canta seus desejos de torna-los vivos.Ocasiões em que foi enriquecidos pelos folguedos,o aprazer de se fazer uno a um pessoa.Seu formão agora,arranca lascas de uma saudade,enquanto o seu enxó,chora sobre a madeira molhada as lágrimas,que escorrem por uma paixão tolhida tão prematuramente de sua vida.













































terça-feira, 30 de julho de 2013

SAUDADES ETERNAS

Pela asas dos sentimentos
alada,batem as saudades
que entra ao abrirmos o coração e ela,
penetra-nos na alma,
ao descortinar de nossas janelas.
Entra e senta.
Em nosso peito deita,
é o regalo de quem deleita.
Degela a dor,
que escorre por um passado
tirando-nos do estupor.
Saudades,levas da vida
que ancora em nossos braços,
aportando em cada cantinho
marcando os nossos caminhos.
Saudades de um repente
de um coração ardente,
batendo latente
acordando emoções
que no coração ecoou
de alguém que já chegou.
Saudades,sonhos de uma realidade
do presente de um passado,
que nos traz a tona
aflorando sanidades das insanidades.
Saudades do hoje,
que já foram ontem
que será todo um nosso amanhã
e que seja eterno enquanto dure.









terça-feira, 23 de julho de 2013

UM SONHO LONDRINO

Os ventos emanam do sul sobre aquele arrebalde londrino,de um inverno europeu.Os flocos de neve,caem esbranquiçantes sobre as árvores,cobrindo-as com os grisalhar das guedelhas envelhecidas.
O cinzento das ruas,contrasta com os coloridos dos agasalhos dos que perambulam pelas ruas um tanto quanto desérticas.
Os flamboyant já não ornamentam com a sua altivez rubra,as ruas com as suas petalhadas a atapetar a pequena alameda,que hora,dentro de uma casa de chá,pessoas aqueciam com os seus achocolatados ferventes.Por aquecedores,ainda renascentistas,faziam os seus aquecimentos internos,aos pequenos agrupamentos de pessoas que frequentavam aquele estabelecimento,aventurando-se por aquela tarde friorenta.As luzes com os seus suportes talhados e forjados nas épocas aristocráticas,davam os seus ares nostálgicos à aquele ambiente um pouco lúgubre.
   Ao longe,se ouvia notas melodiosas de"Luci in the Sky with diamonds"dos Beatles,que harmonizavam com aquela tarde noite de ares Londrinos.Do meus quarto de hotel,se via a rua Natting Hill,destacada e conhecida pelos seus carnavais,suas boutiques,e sua casas vitorianas.Do lado direito da parede,uma velha cópia de Gauguin,enquanto a esquerda,um aquecedor,amornava aquele ambiente sólito.Um móvel do século XIX,onde se encontrava o meu net book trazia em minhas memórias inventivas,de quantas pessoas passaram por aquele quarto de hotel,desprovido de ostentações,a procura como eu,de resquícios daqueles que eu estava a cata,Beatles.
   Ali,bem perto,se encontrava também,a rua Abbey Road que era o templo dos Beatles,de onde se originou aquela famosa foto,dos quatro Beatles atravessando a rua em fila indiana.Abbey Road,originou-se de um mosteiro que se localizava naquelas imediações,e que por ventura veio a ser o templo de adoração dos famosos seguidores Beatles manias.Já havia visitados aqueles lugares marcantes de minha juventude,quando eternizados em minhas construções emocionais.Agora,estar ali naquele quarto de hotel,visualizava pela janela,toda uma história impregnadas em minhas memórias,um passado misturados nas massas concretizadas nas construções do homem que hoje sou.
Faltavam vinte minutos para as vinte horas.Minutos suficientes para que se chegassem ao aeroporto.Dentro do táxi,vou visualizando pessoas caracterizadas de vestimentas que deliberadamente os remetem aos Beatles.Um outro, com as madeixas longas,executava em seu violão,Imágine,com sua voz rouca,enquanto os passantes lhe jogavam moedas.Meu voo saiu vinte hora em ponto.Para trás ficaram marcas de uma adolescência,meu heróis musicais,onde edifiquei todos os meus sonhos de juventude,harmonizadas aos sons de minhas guitarras nos anos oitenta,pelos meus palcos da vida.
   Meu rádio relógio,em um repente,da o ar de sua graça me impelindo em meu acordar para o real.Foram somente sonhos,com realidades visualizadas nas audições e imagens de meus ídolos eternos,Beatles.Imagens esta que estampa a parede de meu quarto em um foto de um por um do album  Sgt.Pepper`s Lonnely Hearts Club Band.Sonhos,somente sonhos e nada mais.


















































terça-feira, 16 de julho de 2013

A DEUSA DAS AGUAS

A tarde já caminhava para o poente,enquanto os pássaros se aninhavam no aconchego de seus filhotes.O campanólogo puxava a corda que movia o badalar dos sinos das dezoito horas.As beatas dobravam os seus joelhos,na Nave Santa,reverenciando o Deus onipotente.Era o momento do Ângelo.Os sons do badalar dos sinos,ecoavam pelas montanhas,chegando aos ribeirinhos,carreados pelas brisas intrigantes que oscilavam as folhagens das árvores,enquanto o vai e vem das águas ao quebrantar nas pedras,soavam como sinfonias orquestrais das matas.
A cachoeira ondulantes,escorriam pelas ribanceiras,finalizando em espumas esvoaçantes,fazendo como que as sua quebradas nas pedras,ecoassem pelas florestas.
   Em meio a águas,emerge esculpida pelas mãos do Senhor,o morenado brejeira daquele corpo talhado e emoldurado,refletida ainda,por um fio de luz que beijava aquele corpo nu,que agora deslizava a apalpar com os seus pés,as areias alvas,tatuando pegadas molhadas em seu caminhar.
Cabelos ondulados,negros,a cascatear pelos seus ombros,cobrindo-lhes os seus seios fartos,como dois pomos a marcar um direcionamento.Olhos amendoados,azuis das águas,sobrepondo os lábio carnudos,porem avermelhados,que ao sorrir em minha direção,distinguia-se o brilho alvo de seus dentes,que reluziam à sua volta.Pernas delgadas,torneadas,que ao andar,bailavam suavemente,enquanto o meu ser,trêmulo,estático,compactuavam aquele ato de pura magia e estase.
   Aproximou-se de mim,sorriso escancarado,envolveu-me com os seus braços alongados sobre o meu corpo frenético,abrangendo-me com aquele corpóreo monumental anjo de candura.Seus lábios sobrepuseram sobre os meus,e em estase vaguei pela amplidão de meus desejos.
Nossos corpos,unos,repousaram levemente sobre a areia abrasadora e alva,aconchegando-nos ao nicho do amor.
   A pudicícia esvaiu-se ruborizada,apropriando-nos os Deuses libidinosos febrentos das orgíacas,impelindo-nos aos estases das sedações morfológicas sexuais.
Sublimados,esvaímos aos desejos aflorados nos compadecimentos de dois corpos sedentos apetecidos do amor.














































sexta-feira, 12 de julho de 2013

UM PASSADO MARCANTE

   Walter,puxou a manga de seu agasalho,pousou o seu olhar sob o seu relógio de pulso,marcavam seis e meia da manhã.Andava um tanto quanto apressado.Estava um pouco atrasado para o Ônibus o qual apanharia na rodoviária,as sete em ponto.Pela calçada,parou para exercer a sua benevolência que sempre lhe eram peculiares,ao dar uma moeda para aquele pobre velho que jazia sobre aquela calçada fria de inverno chuvoso.Walter,com a sua mochila sob as suas costas,apressava o seu passo,e ao virar a esquina,veio abalroar com uma senhora,vindo quase a joga-la sobre aquela calçada encharcada de água.Teve tempo ainda,de ouvir da pobre velha,palavras de baixo calão,no seu desculpar com a mesma,que assim fez com que o pobre rapaz viessem quase a perder o seu Ônibus.
   A rodoviária estava abarrotada de transeuntes em busca de seus respectivos box para os seus devidos Ônibus.Walter adentrou o seu Ônibus a procura de sua poltrona de número onze,ao lado da janela.Sentou-se,sem menos aperceber que uma senhora elegante,perfumada,sentou-se a seu lado.Estava absorto em seus objetivos.Não prestou muito atenção naquela senhora de fino trato.Queria,que o seu Ônibus criassem asas para que se chegassem ao seu verdadeiro e tão esperado destino.Ao passar as paisagens pela sua janela,seus pensamentos foram vagando quando da vez primeira,sob um altar de uma nave de Deus com a sua guitarra,entoando cânticos de louvor naquela missa,quando os seus olhos cruzaram com os dela.Coisa espontânea.Lembra ainda,de quando o padre ao fazer a homilia,ele absorto,trocavam olhares de coloquio,com aquela menina de olhos negros,porem doces,cílios destacáveis aos olhos,boca com um emoldurar de um batom suave de menia moça.Por várias vezes aquela sena se repetira ao longo de mais de um ano.
Walter,hoje,havia se mudado daquela cidade a procura do aprimoramento de seus estudos e trabalho.Nunca mais a vira.Seus sonhos ,ate então,de uma aproximação se perdera pelos verões e invernos da vida.
   Em uma tarde,já um pouco fria,sentado em sua mesa de trabalho com o seu Net Book,absorto,olhava as gotículas da chuva que escorriam pela sua janela,como naquele momento também,lhes escorriam as saudades daquela que não o fora,e tão pouco lhe havia dirigido uma palavra se quer naqueles tempos.O platonismo tomara o seu ser desde então.Seu violão solitário em um canto da sala,vez ou outra,vibravam as suas cordas,buscando através de seu trinido a imagem de sua musa bela nos acordes melodiosos de algumas canções.
   Ao voltar o seu olhar para o Net Book,algo lhe chamou a sua atenção.Alguém postara uma foto em um site de relacionamento,o qual a página estava focada, de várias pessoas,e dentre estas,Walter reconheceu a figura doce e pura que se destacara dentre as outras.Atônito,como havia parentes,ainda em sua cidade de origem,ligou para uma de sua primas,indagando sobre Ana Maria.Ana Maria,soubera de seu nome um pouco antes de se mudar de sua cidade natal.Naquele momento Ana Maria inundava-lhe a alma apos tantos anos.Sua prima lhe dissera que sim,ela ainda residia naquela cidade e trabalhava em um repartição pública.Walter,tentou vários contatos via net,mas todos em vão.
Agora se passara vários anos,Walter desce do Ônibus com as pernas um pouco trêmulas da emoção.Chegara a tão esperado destino.Já se passara desde então, vários anos decorridos.A velha e bela cidade de suas origens,estava ali,intacta,salvo algumas modificações na pracinha,mas tudo como antes.A mesma pracinha,com a sua feirinha livre ao lado da praça.Agora seus pensamentos já não eram os mesmos de anteriormente.Walter ao voltar o seu olhar para a torre da igreja que se encontrara em frete a praça,visualizou que o relógio marcavam dezoito horas,quando os sinos começaram o seu badalar das seis batidas.Em um repente,o badalar do sinos fizeram com que ele voltassem à sua realidade.Sabatinou-se por várias vezes o seu eu.Agora o que fazer,para onde ir,onde procurar,havia ela casado?!E se casada o fossem,o que o remeteu em estar ali estático,entre laços e traços,e nós atáveis ou não desatáveis?!Um sentimento de tristeza lhe abateu,com um misto de aflição e expectativas o tornaram o seu dono.
Um vazio cobriu-lhe a alma como uma escuridão desértica.Tudo de uma só vez lhe passara pela cabeça.Não suportaria a veracidade de que aquela que era a sua musa eterna estivessem unida a outrem pelos laços do matrimônio.Teria filhos?!Aquela dúvida carcomia as suas entranhas.Já se passara dua horas de sua estadia naquela rodoviária.Resolveu de vez colocar fim aquela questão.Caminhou ate o guichê de passagens,adquiriu-a e deu prosseguimento à sua volta.Adentrou novamente aquele Ônibus,encerrando assim um ciclo que marcara toda a sua vida,mas que agora extirparia,com todas as forças de sua memória.
   Sentou-se novamente naquela poltrona fria,não mais acolhedora,e pela janela viu passar imagens de um passado que tinha como epílogo,a história de um jovem que amou,enamorou-se uma jovem com todas as forças de um passado irradiante,porem com um futuro incerto.





















 




















quarta-feira, 10 de julho de 2013

O MATUTO

A lenha queima lentamente
é o cafe a fervilhar,
labaredas ardem as penelas
enquanto acomodado em um tamborete,
o matuto arregaça as calças ate a canela.

Seu caminhar é ate o curral.
Laça a perna da Mimosa
o tamborete lhe apoia o assento,
extrai o leite que cai ao balde,
espumante,morninho,é o que alimenta o seu rebento.

A lida não para.
É o apartar das rezes,
que muitas das vezes,
dispararam para a invernada,
em uma corrida desenfreada.

Emenda a cerca partida,
limpa o rego d`água
o milho é triturado no munjolo,
enquanto canta sem mágoas
alegria do sertanejo em carpir o solo.

O sol quase se pondo
sobre uma gamela de água quente,
repousa os seus pés cansados
pensando já na próxima nascente,
a labuta que será enfrentado.

O galo canto no poleiro
anunciando as horas seis,
enfia o seu pé na botina mateira,
de um pulo esta na cozinha
ajeitando a matula que é bem caseira.

Ajeitado sobre o arreio
cutuca as costelas de sua égua,
segue o trieiro com os latões de leite
é uma luta sem trégua,
não tem tempo a deleites.

Entrega seu leite na corrutela
passa na venda de seu Mané,
pega um litro de querosene
um pedaço de fumo,
é a alegria deste ser perene.

De volta a sua labuta
a diária é constante,
mas é o alimento de sua alma,
que agradece a Deus pelas dádivas
das coisas que lhes sempre são abundantes.

Ajoelha a pé de Aparecida
reza a sua Ave Maria,
finda com o nome do Pai,
agradece a romaria,
onde caminha todos os anos com fé e galhardia.









































quarta-feira, 3 de julho de 2013

NOVO DESPERTAR

No ressurgir nas nascentes
o sol vem aparecente
em um despertar inebriante,
ao espargir  pelos montes.

Renasce aos mesmo moldes
um glamour entorpecido
de um amor hibernado,
solvendo neste sol aquecido.

Os enraizamentos se perpetuam
arraigados na terra,
devolvendo o seu sombrear
ao acalento adormecido,que agora encerra.

Sinos soam em seu badalar
são impelidos pelas brisas,
é o festejar na terra dos cupidos
emoções que nos regozija.

São as dádivas do tempos idos
não mais nas terras do nunca,
mas sim,nos prados floridos
é o amor que nos abunda.










terça-feira, 25 de junho de 2013

"MISSIVA A UMA SAUDADE!"

Os sois la se vão,as luas sempre a sobre-por os sois da vida.
São as durações implacáveis calculadas dos seres e das coisas,que nos são ruinosas nas sucessões de nossos dias,a nos levar um pouco de nossos brilhos.Porem,não nos conseguem tirar os nossos arraigar das saudades,paixões,e amores contidos nos arquivos de nossas saudades.
Brisas vão,brisas vêem nos acariciando os nossos rostos,como mãos aveludadas,que pretensões seriam,as que as fossem,as que nos marcaram e nos tatuaram para o todo sempre,nos arquivos de nossos passados,que agora são aparecentes,porem,não tão distantes mais,de nossas afetividades não mais latentes.
   Como um florir de uma rosa,heis que em um repente,nos apresentam de forma contundente,a retumbar mais forte nas batidas de nossos corações.
Bastou um imagem à adentrar o nosso ego,para que involuntariamente as nossas emoções,como uma Fênix,à surgirem da cinzas,a baterem asas em nossas imaginações,do que poderiam ser,mas assim,não os foram concretizadas.
   As primaveras continuaram o seu florir,os Verões com as suas sequidões,não faram de nossos sonhos as Caatingas de nossas saudades.
Permaneces ainda,o sustentáculo de minhas atividades emocionais.De minhas vidências,ainda permaneces em minhas faculdades de um visionar de elos atados à duas almas solitárias,porem,Gêmeas,mas não mais,tão distantes.







quinta-feira, 20 de junho de 2013

O VELHO MENDIGO

Jacente sobre a calçada
coberto pelo abandono,
o frio gela-lhe a alma
encolhido como um cachorro sem dono.

Oportunidades não lhe chega ao seu propósito
predestinado em seu perambular,
alimentado com as migalhas que a vida lhe proveu,
sólito,não tem com que confabular.

O que reside em sua memória é o seu abandono
renunciado pelos seus progenitores,
sobrevive nas ruas das amargura
colhendo centavos de doadores.

O emprego lhe é repudiado
pelos seus adornos maltrapilhos,
assim,como o seu coração rasgado
alvitrado em ser um andarilho.

O sol bate-lhe de leve
sondando em acorda-lo,
desperta-o para a sua realidade
é a tristeza novamente a interroga-lo.

Vagueante pelas ruas
a mendigar o seu prover,
uma quentinha lhe aquece o estômago
nem todos os dias tem o que comer.

Assim vai mendigando aos Céus
o provir de uma paz,
o Onipotente compadece ao seu acato,
levando-o pra junto de se,o pobre do velho incapaz.







segunda-feira, 3 de junho de 2013

O RENASCER DA NATUREZA

O sol impele a aurora no horizonte
refletindo nos prados em borboletas esvoaçantes,
as garças plácidas assentam em seus alagados
em quanto o gado muge,aos sons dos berrantes.
O céu de impregna de azul anil
compactuando as brizas que lambem os montes,
os riachos se deleitam em seus estreitos leitos
a lua aparecente e inebriante,expulsa o sol findando o seu feito.
Pirilampos cintilam como lampejos em castiçais,
os pássaros poem se a ninhos
é a inspiração dos poetas em seus madrigais
e cantigas de trovadores em suas violas de pinhos.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

O SOLITÁRIO HOMEM DO CAMPO

Fogão de lenha em labaredas
lambendo as panelas queimantes e ferventes,
enquanto o roçador sentado à sua mesa
espera o fervilhar de seu café,enquanto as saudades sente.

pega a enxada afiada na pedra
a matula,dispõe em seu alforge,
segue o trieiro que o leva a roça
enquanto uma borboleta assustada foge.

Ao lado,uma riacho fundo
onde o seu lazer é a pesca,
nas domingueiras de sol a pique,
no sombrear de uma árvore,faz a sua sesta.

A tarde cai indolente
o sol arrastando a lua,
é a volta à sua vivenda
terminando assim,a sua contenda.

Lamparina acesa sobre a mesa
a viola geme em suas mãos,
a solidão é sua companheira
a ouvir sua canção.

As brasas,ainda, cintilam ao fogão
as cinzas começam a cobri-las,
como as saudades a vedar os seus lamentos
em não  querer senti-las.

Ela, se foi em uma tarde primaveril
por uma tola discussão,
largando todos os seus trapos e farrapos
na palma de suas mãos.

Sólito em sua tapera
o fogão lhe aquece a alma,
a viola rebate e chora
ate que o sono lhe cobre,e acalma.

Manhã um tanto nebulosa
lava o rosto em um rego d`água,
preparando uma nova jornada
labutando para esquecer das suas magoas.














terça-feira, 14 de maio de 2013

A PRIMAVERA

As chuvas fluem dadivosas a terra
a molhadura se torna alagadiço,
desabrochando as plântulas
e a natureza a complementar o  seu serviço.

Manifestam-se os botões em flores
os Flanboyants aparecentes em rubros,
é a mãe natureza
formatando o seu descubro.

A primavera gerando os seus feitos
sobre os relvados verdejantes,
ornando sobre maneira as ruas
com os seus tons esverdeantes.

As Cerejeiras em rosas brancas esfuziantes 
as Tulipas garbosas engalanadas,
mostrando-nos a sua altivez
e a flor da noite,perfumando as madrugadas.

A Margarida irradiante
contrasta com o Gerúndio a florear,
é o convite à abelha ao seu néctar
é a primavera,sempre a nos adornar.






segunda-feira, 13 de maio de 2013

MINHA MENSAGEM AOS FILHOS

Minha homenagem vai a você filho ou filha que ainda tem a seu lado a sua progenitora,a guardiã, o seu porto seguro onde você ainda possa ancorar nos seus ombros a suas amarguras,e buscas.
Hoje,solenizo a partida de minha mãe,com o posicionamento de um filho que compactuou todas as suas vivências,com alegrias, ou mesmo tristezas, de mão atadas a ela,para o labor de nossas formações.Se sou o que sou,são os resquícios de um privilégio traduzidos no amor jorrados sobre mim,pelas sua mãos calejadas no me levantar quando estava caindo,ou mesmo trôpego.
Será que você teria,hoje, este mesmo alegro que tenho, cônscio de meus deveres cumpridos para com ela.Com quanto todas às minha ações anexadas a esta mãe?!
Cubra esta mãe que esta a seu lado,com as ações do afável,do amor,carinho,para quando ela bem aventurada se for,você possa sentir como eu,as quietações do dever de um filho,cumpridos.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

BUSCAS ANGELICAIS

Jorro as minhas emoções ao leu
em um manifestar que alcance o seu fadário,
o âmago de uma consorte
no aprazer-se dos grafados de meus diários.

Que as afeições seja um igualador
nas melancolias e nos prazeres,
costuradas não em fragmentos
mas atadas como dois seres.

Não sejais uma Vênus de Milon
nem aparentes uma Mona Liza,
mas que emerjas nas pinceladas de um Gogan
emoldurando-a nas minha profetizas.

Que sejas um anjo de candura
brotas tal qual um jasmim,
venhas desprovidas de armaduras,
a ofegar este solitário espadachim.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

ROSAS VERMELHAS

Rosas vermelhas.
Milimetricamente pétalas por pétalas bem dispostas,
cada qual no seu qual
é mão do Mestre dando ali,a sua resposta.

Posta sobre uma janela solitária
aos sons de violinos celestiais,
a brisa avivando pela janela
o seu exalar a bela adormecida aos sons madrigais.

Em um ramalhete de corbelhas
adentras a nave de Deus,
agarrantes as mãos de uma boda
e finalístico,jogadas aos seus.

Ornando um receptáculo sobre a mesa
concedido o foi com muita certeza,
por um ignorado,anônimo
em um expressar do amor e nobreza.

Pousa solitária,sem viço
sobre uma lápide desconhecida,
algum afetuoso ali a postou,
como feição,a extinguir às suas feridas.

                                        DINEY MARQUES

"Olha a rosa na janela,sonha um sonho pequenino
se eu pudesse ser menino,eu roubava aquela rosa,
e ofertava todo prosa,a primeira namorada,
e neste pouco ou quase nada, eu diria o meu amor,
o meu amor."
Parte de uma música e letra do compositor
SERGIO BITENCOURT.









sexta-feira, 5 de abril de 2013

O RESGATAR

Ao por-me sobre as ondas bravias
no pelejar com os corsários navegantes
arrebatei a minha afável musa,
dos catres aferrolhantes.

Ao bracejar com afoito
aforei-me a minha enebriante bela
todo o meu corpo e meu ser,
acorrentados aos seu corpo como sela.

Emergimos desta loucura insensata
descemos às luxurias dos impudicos,
nos sótãos do esvaecer
aos gracejo lúdicos.

A aurora nos toca no convés
convocadora a nos despertar
de nossos braços entre-laços,
de um crepúsculo sucumbido pelo amar.

O ondear nos torna plácidos
das culminâncias orgíacas.
Consuma-se o esplendor,
como um poema de Homero,Ilíada.











quarta-feira, 27 de março de 2013

CONVIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS

Quando peregrino,caminhante o fui
colhendo e adquirindo o empirismo
guardadas nos embornais do saber,
edificando os meus tropeços em lirismo.

Ao pilotar,obtive hora e horas de voos
alçando os ares das experiências,
visualizando um Deus presente
que em tudo,a sua presença,não são ciências.

Naveguei nas ondas calmas
remei em meus enduros,
e dos mares tempestuosos
atraquei-me nas correntes de um porto seguro.

Cavalguei nas bravezas de um mundo afogueado
galguei os obstáculos  das esperanças,
impeli alguns tropeços
atei-me nas rédeas das bonanças.

Lutei com Golias
travei-me com Poseidon nos mares do mundo,
me abrasei com Hefesto,
embriagando-me com Baco em um sono profundo.

Hoje,um tanto acostumado
pelas contendas da vida,
renuncio às minhas experiências, como herança,
aos meus,para que não tenham um peleja sofrida.













terça-feira, 26 de março de 2013

FERROLHO DA MEMÓRIA

Destravei o ferrolho da memória
valsei nas asas do passado,
bati as portas das saudades
que hoje em meus olhos escorrem.
   Sinto como se hoje o fora
   seu ofegar frenético em meu peito,
   o seu beijo um tanto molhado
   como se no meu lábio fossem talhado.
Lembranças tatuadas no peito
que o tempo não deletam,
marcas profundas de meu flagelo
sentimentos que ainda me afetam.
   Seu corpo amoldado ao meu
   pulsando forte na alma,
   tento apalpar com a memória
sentindo o reviver de nossa história.
   Seus cabelos a cascatear pelo seu rosto
   o seu perfume deslizando na brisa,
   ainda sinto-o agora
   paixão que ainda me atiça.
Fecham-se as janelas
tranco as amarguras,
findam-se os sonhos
encerro as nostalgias.

sábado, 9 de março de 2013

AMIZADES VITUAIS

Confabulações ao longe
seu pulsar é bem próximo
colocações virtuais,
sensoriais reais.
Seriedades,nunca zombeteiras
uma verve que desenrola,
gostosa,sobre-maneira
amizades sorrateira.
Faz se assim presente
no amornar de nossos corações,
entra,e senta em nossa mesa
como partícipe da família,
são condicionadas em nós,primazias.
Nos parece um elo tenro 
como se brincássemos pelas ladeiras,
tudo virtual,
que nos parece tão real.
Amigos virtuais,
Amigos do peito,
Amigos de nossas eternas consignações.


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

SUAS MÃOS

Senti suas mãos sobre as minhas
em meus sonhos alados,
em um passado não tão remoto
história que narro nestes versos encantado.
Deslumbrei-me com a sua doçura
no feitio de seu ser,
calma serena e pura
meu anjo de candura.
Abracei-a em meus encantos,
beijei-a em fantasias
seria tão real,
se o tempo não ocultassem este final.
tantos verões se passaram,
outros outonos estão por vir
mas as saudades que não foram
poderão um dia nos concernir.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

NAVEGANDO NAS FAÇANHAS

Navegando em minhas façanhas
aportei-me em suas amabilidades
amoldando-me a sua formosura,
beleza infinda de candura.
Me arrebatou de pronto
às suas magias,
abalroado fui aos seus encantos.

Sua beiçorra se fez em abocamento
nosso ósculos se fez ouvir em badalar de sinos,
como um executar de hinos.
Fomos aliciados pelas paixão
aferrolhados na sedução.

Estendidos sobre o relvado
nossos corpos sobre-postos,unos
resfolegávamos sobre a mesma,
exauridos sobre folhas em resmas
testemunhados pelas estrelas,
que cintilavam invejosas
a este amor de versos em prosa.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

HOMENAGEM QUE PRESTO RESPEITOSA A ESSA GRANDE POETISA "AGATHA DE ASSIS"

Emergiu em meio as letras
engatinhou-se pela literatura
tornou-se adulta em seu poetar,
requisitando assim,a sua licenciatura.
Não obstante a sua intelectualidade
a beleza habita o seu interior,
aflorando também em seu exterior
adquirindo-nos com a suas versatilidades.
Não necessariamente a sua soberania em não ser uma poetisa,
sua beleza já é condensada em versos em prosa,
Beleza intrigante.
Olhos da cor do mar
que já o é um poetar.
Menina doce e pura
de uma intelectualidade soberba,
passeia pela literatura
com uma desenvoltura tamanha,
de um velho poeta traquejado
em seus versos de glamour impregnados.
Esta homenagem a presto com muito orgulho
a esta musa poetisa,
versos que deliberadamente os fiz
a esta poetiza nobre "AGATHA DE ASSIS".

sábado, 9 de fevereiro de 2013

PAIXÃO INCANDESCENTE

Vem escorrendo como uma chuva
molhando nossas emoções,
é uma paixão
em suas transições.
As vezes é como um meteoro
que passa avançador,
não haverá tempo em vê-lo
mas nos arranha na dor.
Talvez uma flor que brota em botão
vai desbrochando em pétalas
é como a paixão,
que da flor virara sépala.
Mas a paixão é terna
adocicada como o mel,
as vezes amargante
como sabores de fel.
No entanto é a nossa essência
o amalgama da alma,
que nos liga eternamente,
aquela que nos é vivalma.
Paixão que habita nosso ego
que modifica nossos instintos e o inconsciente,
levando-nos ao delírio,
mas as vezes martirizando a gente.
Paixão que arrebata
Paixão que acalenta,
Paixão que nos flagela
mas sempre nos alenta.








terça-feira, 15 de janeiro de 2013

FOLIA DE SANTOS REIS

La vem ela em fileiras desordenadas
vagueando no meio,vem os cavaquinhos
tocadores de violão,mais ou menos seis,
anunciando com tristeza,o nascimento do filho do homem,
é a folia de Santos Reis.
    O capitão puxa a folia
                                            um homem faz a voz primeira,
                                            os devotos entoam em Aves Maria,
                                            há uma mulher carregando a bandeira
é um canto triste de lamentos,porem,de muitas alegrias.

É um canto de um nascimento
um menino que nasceu em uma estrebaria
circundado pelos Santos Reis,
que presentou-o com incensos e reverenciamentos 
aquele que veio ao povo para bradar que os salvariam.

A folia vai prosseguindo
o sanfoneiros extrai notas tristes,mas melodiosas,
o pandeirista correm os seus dedos pelo couro
o cantor da sétima finaliza a réplica chorosa,
é a folia de Santos Reis que canta a sua história,
lamenta e chora.

Olha a Deus o oratório
Olha a Deus o oratório
Onde Deus fez a morada oiê oiá
Onde Deus fez a morada oiê oiá
e todos se ajoelham ao pé da bandeira,
saldando os três Reis Magos ajoelhados na eira.

No final melódico dão-se as oferendas
os foliões agradecem entoando emoções
terminam as suas cantadeiras
é o momento de se ofertarem as merendas, 
várias farturas,doces de qualidades, ate de cidreiras.

É uma festa tradicional
oriundas mais das fazendas mineira
cada um com o seu canto de reverenciamento
que nos emociona sobre maneira,
o canto que canta o filho do homem
em seu  grande nascimento.

Nasceu em uma estrebaria
colocado em um pequeno coxo de capim
ao lado de José e sua mãe Maria,
mostrando ao mundo a sua modéstia e provação
para mais tarde morrer em uma cruz
mostrando-nos a nossa salvação.

Poderia ter nascido em um palácio
ornados em flores de jasmins
preferiu uma estrebaria e um coxo de capim,
mostrando-nos que a vida não são alegorias,
mas de gestos humanitários,fraternais,e ações de sabedoria.

Baltasar, Belchior,e Gaspar
os seguidores da estrela caminhante
a qual direcionou o caminho de Jesus,
aos santos Reis que andavam errantes
o caminho daquele que nasceria,
e morreria na cruz,
seu nome,era Jesus.




terça-feira, 1 de janeiro de 2013

AMOR A PRIMEIRA VISTA

Coração órgão involuntário
arranham-nos
aniquila e fere,
é o amálgama do amar
algo inexorável,salutar.
Os olhos a divisaram pela  vez primeira
formosa e bela,
la esta ela
como uma DA VINCI,em aquarela.
Tateou os nossos corações
nos jorraram o seu olhar de malícia,
é o seu indulto,
promessas invasivas do oculto.
Rocei-a em uma canto de meus delírios
nos corredores de meus pensamentos,
exaltei-me ao seu olhar
e em seu cadafalso ,me deixei escorregar.
Seus olhos defrontaram ao meus,
como lanças incandescentes
atingiu-me já exaurido,
com o seu olhar resplandescente.
Estou coagido as seus pés
aliciado totalmente,
aferrolhado ao seu coração
preso,nos cárceres da sua paixão.